O Skype foi lançado em 29 de agosto de 2003 por Janus Friis e Niklas Zennström. A aplicação permitia chamadas de voz e vídeo pela internet, revolucionando a comunicação digital. Disponível em várias plataformas, como Windows, macOS, Linux, Android, iOS, iPadOS, HoloLens, Xbox One e Xbox Series X/S, o Skype atingiu grande popularidade. Em 2005, foi adquirido pelo eBay e, em 2011, pela Microsoft.
Em 2012 tive a oportunidade de fazer o lançamento do Windows 8, numa apresentação a integradores, retalhistas e empresas de referência como Oil&Gas, Banca e para o Governo. Já na altura os mais atentos perceberam que a ideia dos produtos corporativos passam pela ideia de segmentação de recursos.
Quantos são aqueles que procuram um website pelo preço de uma sandes e depois mais tarde chegam à conclusão que teria sido preferível comer gourmet, porque teriam ganho mais e no final investido menos- relativamente.
A tecnologia é uma realidade que está sempre em mutação e o desenvolvimento é realizado em função das necessidades. As necessidades e as oportunidades de mercado marcam o caminho a seguir por empresas desenvolvedoras. Muitas vezes clientes finais não entendem o porquê de se apresentar uma solução mais robusta ou com tecnologias que requerem mais recursos. Algumas das razões são a actualização, a concorrência e a adequação às necessidades constantemente evolutivas do utilizador.
Há empresários que preferem gastar um determinado montante para ter algo que dizem ser deles e que irá ser reformado em breve, do que optar por soluções que lhe garantem continuidade, desenvolvimento, adequação e no final menos despesa e menos dores de cabeça.
Uma boa consultoria faz toda a diferença, quando é acompanhada por experiência 360. Uma visão tecnológica, operacional e comercial.
Razões para a descontinuação
A decisão de descontinuar o Skype está alinhada com a estratégia da Microsoft de concentrar recursos no Microsoft Teams, uma plataforma que oferece funcionalidades avançadas de comunicação e colaboração, tanto para uso profissional quanto pessoal. O Teams tem sido integrado de forma intensiva no Windows 11, refletindo a mudança de foco da empresa.
Além disso, a concorrência de outras plataformas de comunicação, como Zoom, FaceTime, Messenger e WhatsApp, contribuiu para a diminuição da base de usuários do Skype, que caiu para 23 milhões em 2020.
Impacto e Transição para o Microsoft Teams
Com o encerramento do Skype, os usuários são incentivados a migrar para o Microsoft Teams, que incorpora muitas das funcionalidades do Skype, além de oferecer recursos adicionais para trabalho colaborativo. A Microsoft assegura que a transição será facilitada, permitindo que os usuários mantenham seus contatos e histórico de conversas.
O fim do Skype marca o encerramento de uma era na comunicação digital, destacando a evolução das ferramentas de comunicação e a adaptação às novas necessidades dos usuários.
A pandemia de COVID-19 foi um dos principais fatores que impulsionaram a adoção e o crescimento do Microsoft Teams.
Algumas das razões para essa ascensão incluem:
1. Adopção massiva do teletrabalho e ensino remoto
Com os confinamentos e restrições presenciais, empresas, escolas e instituições governamentais precisaram de soluções eficazes para manter a comunicação e a produtividade. O Teams, que já estava integrado ao Microsoft 365, tornou-se uma escolha natural para muitas organizações.
2. Crescimento explosivo de usuários
Antes da pandemia, o Teams já vinha crescendo, mas em março de 2020 o número de usuários disparou. Em abril de 2020, a plataforma já contava com 75 milhões de utilizadores ativos diários, um aumento de 70% em relação ao mês anterior. No final de 2021, esse número ultrapassava 250 milhões de usuários ativos mensais.
3. Integração com o ecossistema Microsoft
Empresas que já utilizavam o Microsoft 365 (antigo Office 365) tiveram facilidade em adotar o Teams, pois a plataforma oferece integração direta com Outlook, Word, Excel, PowerPoint, OneDrive e SharePoint, tornando-se um hub central para trabalho remoto e colaboração.
4. Funcionalidades avançadas para colaboração
Diferente do Skype, que se concentrava em chamadas e mensagens, o Teams foi projetado como uma ferramenta de colaboração mais robusta, oferecendo:
- Videoconferências com centenas de participantes
- Salas de reunião virtuais
- Partilha de ficheiros em tempo real
- Integração com aplicações de terceiros (Trello, Slack, Zoom, etc.)
5. Adoção por governos e grandes organizações
Muitos governos e empresas migraram para o Teams para facilitar reuniões e operações à distância. Por exemplo, a Comissão Europeia e várias entidades públicas adotaram o Teams como solução oficial.
6. Superação da concorrência
Durante a pandemia, plataformas como Zoom e Google Meet cresceram rapidamente, mas o Teams conseguiu manter-se competitivo, especialmente entre utilizadores corporativos, graças à segurança, escalabilidade e integração nativa com as ferramentas de produtividade da Microsoft.
A pandemia acelerou uma transformação digital que já estava em curso. O Microsoft Teams tornou-se um padrão global para comunicação empresarial e ensino remoto, o que ajudou a Microsoft a tomar a decisão de encerrar o Skype e consolidar os seus esforços em uma única plataforma de colaboração.