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Tânia Oliveira

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Tema: Tristeza, Depressão e AnsiedadeData de Publicação: 06/03/2025, 10h39
Tristeza, Depressão e Ansiedade - Tristeza, Depressão e Ansiedade: Compreender para Melhor Cuidar
Ilustração de homem mulher a sofrer ©dalle
Ilustração de homem mulher a sofrer ©dalle

Tristeza, Depressão e Ansiedade

Compreender para Melhor Cuidar

Vivemos numa sociedade em que o bem-estar emocional tem sido cada vez mais discutido, mas ainda há muita desinformação sobre temas como tristeza, depressão e ansiedade. Embora possam estar relacionados, estes três estados emocionais são distintos e devem ser compreendidos de forma adequada para que se possa oferecer ajuda eficaz a quem sofre.

Temos de um lado, pessoas que desvalorizam estas emoções para não procurarem ajuda, como se se tratasse de algo vergonhoso, um sentimento de fragilidade e de vulnerabilidade que não querem reconhecer nem dar a conhecer.
Do outro lado, podemos encontrar quem se sinta triste, sem saber lidar com essa emoção e não consiga compreender que a tristeza é um estado que faz parte em algumas situações.

Diferença Entre Tristeza, Depressão e Ansiedade

A tristeza faz parte de várias fases e ou situações da vida, e é normal sentirmo-nos tristes e devemos aceitar sentirmo-nos tristes.
Devemos entender e aceitar a tristeza, como um estado natural e de resposta a situações externas. Estar triste é normal, faz parte de vários processos como: a perda de emprego, o luto, a separação, entre outros.
Contudo, quando a tristeza se demora e se prolonga no tempo, começando a afetar significativamente algumas áreas da nossa vida e/ou o bem estra físico e/ou psicológico, devemos procurar perceber se se pode ou não tratar de uma depressão.
Perceber a diferença entre estes estados, desmistificar as crenças erróneas e procurar a ajuda adequada é meio caminho para o bem-estar emocional e psicológico.

Como identificar os sinais

A depressão é uma condição clínica caracterizada por uma tristeza profunda e persistente, que vem acompanhada de sintomas.

De acordo com o DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais - Quarta Edição), a Depressão Maior é diagnosticada quando a pessoa apresenta pelo menos cinco dos seguintes sintomas por um período mínimo de duas semanas, sendo que um deles deve ser humor deprimido ou perda de interesse/prazer:
• Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias;
• Diminuição do interesse ou prazer em quase todas as atividades;
• Alterações significativas no peso ou no apetite;
• Insónia ou hipersónia;
• Fadiga ou perda de energia;
• Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva;
• Dificuldade de concentração ou indecisão;
• Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio.
Ao contrário da tristeza comum, a depressão não desaparece com o tempo e pode comprometer significativamente a vida do indivíduo.

Este estado, pode ou não estar correlacionado com estados de ansiedade, que se podem identificar e também tratar.

A ansiedade

A ansiedade, é um estado de apreensão e medo excessivo em relação ao futuro. Sentir ansiedade ocasionalmente é normal, especialmente em situações de stress. No entanto, quando se torna crónica e debilitante, pode causar sintomas físicos como palpitações, tremores e dificuldade em respirar, podendo estar associada a um transtorno de ansiedade.

Transtornos de ansiedade

Já os transtornos de ansiedade são diagnosticados quando há preocupação excessiva e difícil de controlar por pelo menos seis meses, acompanhada de pelo menos três dos seguintes sintomas:
• Inquietação ou sensação de estar no limite;
• Fadiga excessiva;
• Dificuldade de concentração;
• Sensação de enjoo e/ou diarreia;
• Irritabilidade;
• Tensão muscular;
• Distúrbios do sono.

Quem vive com este Transtorno, geralmente, navega em dois polos: Passado e Futuro.
Daí a importância da Psicoterapia e de outras técnicas, para que a pessoa se concentre no aqui e agora e deixe de viver em estados que não controla nem pode modificar, como o passado e o futuro.
Se houver esta percepção de que, não podemos modificar o passado, mas sim aceitá-lo, e que não devemos viver ansiosos com o futuro, porque se trata muitas vezes de expectativas irrealistas, viveremos com maior serenidade e menos ansiedade.

Correlação Entre Tristeza, Depressão e Ansiedade

Muitas vezes, tristeza e ansiedade caminham juntas. Uma pessoa que sofre de ansiedade pode sentir-se frequentemente frustrada ou sobrecarregada, o que pode levar a um estado depressivo.
Da mesma forma, a depressão pode gerar uma preocupação constante sobre o futuro, intensificando a ansiedade. Esta interligação entre as duas condições pode dificultar o diagnóstico e o tratamento.

Identificação e Tratamento

A identificação precoce dos sintomas é essencial para evitar o agravamento destas condições. Se uma pessoa apresenta tristeza persistente, desinteresse por atividades que antes lhe davam prazer ou sintomas físicos de ansiedade de forma contínua, é importante procurar ajuda profissional.
O tratamento pode envolver diversas abordagens, dependendo da gravidade do caso:

• Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): A TCC é uma abordagem terapêutica altamente eficaz para tratar tanto a depressão quanto a ansiedade. Baseia-se na identificação e reestruturação de padrões de pensamento disfuncionais que contribuem para o sofrimento emocional. Através da TCC, os pacientes aprendem a desafiar crenças negativas, a adotar pensamentos mais realistas e a desenvolver estratégias para lidar com as dificuldades diárias.

• Meditação e Técnicas de Relaxamento: A meditação tem se demonstrado como uma ferramenta poderosa no tratamento da depressão e da ansiedade.
Estudos indicam que a meditação regular pode reduzir os níveis de cortisol, que é a hormona do stress, e melhorar significativamente a qualidade de vida de quem sofre destas condições, a prática de inicio não parece fácil, mas temos de nos permitir sem julgamentos, e tentar sem pensar em desistir.

Procurar um lugar calmo, sem ruídos externos, onde possamos estar concentrados apenas em nós e no momento presente é um bom princípio para o ínicio desta prática.

Conseguimos encontrar em várias plataformas, como o YouTube, meditações guiadas curtas e serenas, adaptadas a quem está a iniciar esta prática.

• Mindfulness ou Atenção Plena – Esta é uma abordagem, cada vez mais utilizada pela Psicologia, onde é treinada a atenção no momento presente e a auto-compaixão com experiências desafiadoras.
Através do treino do Mindfulness aprendemos a perceber pensamentos, sensações corporais e emoções, que nos ajudam a mantermo-nos no Presente, reduzindo os pensamentos automáticos negativos e promovendo a auto-regulação emocional.

• Mudanças no Estilo de Vida: A prática de exercícios físicos, alimentação equilibrada, sono adequado e outras técnicas de relaxamento, podem contribuir significativamente para o bem-estar emocional.

Conclusão

Embora tristeza, depressão e ansiedade possam parecer semelhantes, é fundamental compreender as suas diferenças para evitar julgamentos equivocados e garantir um apoio adequado a quem sofre. A saúde mental deve ser tratada com a mesma seriedade que a saúde física, e buscar ajuda profissional não deve ser visto como fraqueza, mas como um passo essencial para a recuperação e o equilíbrio emocional.

Precisa de ajuda ou esclarecimento, pode contactar-me através do número 966 11 4540 ou do endereço de email t.alexandra.oliveira@gmail.com

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