É difícil aceitar como prioritário votar em pessoas (muitas) que vão para a Assembleia da República sem o sentido patriótico de desenvolver Portugal, sem defenderem propostas para o Desenvolvimento Sustentável e o crescimento económico (na prática), sem terem causas demonstradas de apego à solidariedade social em palavras e atos, sem terem ética e deontologia (via avenças...), fazendo promessas que não vão cumprir, fazendo do emprego uma profissão, falando em nome do povo e não contribuindo para a sociedade desfavorecida em trabalhos ou proventos para a comunidade.
Mas, como em tudo e toda a parte, não somos todos iguais na seriedade e na capacidade, e algo de útil pode ser feito, porque as forças políticas e as pessoas também se diferenciam.
E por isso, há várias razões para VOTAR:
1 – Quem lutou pela livre expressão do pensamento e direito de voto no tempo da ditadura, não pode hoje desistir, desvalorizando um ato cujo significado é muito mais amplo e uma forma de respeito por quem deu a vida pela liberdade e pela democracia.
2 – As novas gerações que não conheceram esses tempos de opressão e censura, devem assumir a sua posição de consciência e intervenção, não deixando para os outros aquilo que a cada um compete, em ato cívico, em projetos de mudança pessoais e coletivos e na resistência ao comodismo, legitimando quem serve o regime e não quem se serve dele.
3 – Não votar é desperdiçar o 25 de Abril, é descrer na democracia (que não é perfeita, mas não tem alternativa), é pactuar com os velhos do Restelo que já não têm visão para o futuro, para as novas gerações e para as novas oportunidades para a igualdade.
4 - Cada cidadão pode posicionar-se no campo político em que se situa, não demonstrar o que não quer que seja em atitude pública, ou simplesmente organizar-se de acordo com o seu livre pensamento. Os partidos e as forças políticas existem por uniformidade ideológica, conceitos e práxis, sendo todas as opiniões respeitáveis. E assim, cada cidadão pode votar numa força política com a qual simpatize ou entenda melhor, e renegar os múltiplos exemplos conhecidos de oportunismo, vigarice, corrupção, incompetência e desilusão.
Em nossa opinião, quais as razões para votar no PARTIDO SOCIALISTA?
1 – O Partido Socialista tem a mescla da experiência e sabedoria do desempenho (não isenta de erros, como é humano), com a inovação e competência, que pode promover o crescimento económico (como já o provou), desenvolver o Estado Social (como já o fez e fará), defender e contribuir para os direitos humanos (SNS, escola pública, segurança social pública, habitação social, IVA zero para o cabaz alimentar), transformar Portugal numa sociedade multicultural inclusiva (dignidade e direitos), dar condições e qualidade de vida às pessoas (aumentar salários e pensões, reduzir impostos).
2 – Tendo Portugal por compromisso, o Partido Socialista promove a criação de consensos envolvendo todas as forças políticas (com especificidade à esquerda), à volta dos grandes desafios inadiáveis que transporta para as novas gerações (alterações climáticas, igualdade de oportunidades, obras estruturais de regime, promoção da investigação académica e profissional, prioridade à saúde, educação e direitos humanos, combate às assimetrias chocantes).
3 – O Partido Socialista, na sua essência, acredita que a política pode fazer-se com seriedade, mais-valia e usufruto para os mais frágeis, que os socialistas defendem e cuja sociedade querem transformar. Ser socialista é, por palavras e obras, ser progressista, pelo bem comum dos cidadãos, pela garantia e qualidade do serviço público, pelo aproveitamento das capacidades das pessoas e suas formas organizativas laborais, familiares.
4 – O Partido Socialista não ignora os movimentos sociais organizados credíveis, que são parte integrante da cidadania e do desenvolvimento, sem favor ou pedinchice, contributo reconhecido nas sociedades desenvolvidas como essencial para as políticas públicas justas, aquisição de bem-estar individual e familiar, redução de assimetrias em estatuto e função e diminuição das convulsões sociais e das perturbações da ordem civil e democrática.
E porque não a criação de uma FUNDAÇÃO ANTÓNIO ARNAUT, que venha a desenvolver a Saúde Para Todos em cobertura universal de saúde, em apoio do Serviço Nacional de Saúde que António Arnaut criou e que possa dar continuidade e aperfeiçoamento à sua ideia generosa, obra notável e progresso social?