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Somos Coimbra

"Na génese do Movimento Somos Coimbra esteve a sentida necessidade de fomentar um amplo consenso que permitisse a criação de uma plataforma alargada para retirar o concelho de Coimbra da trajetória de decadência em que se encontrava. Em outubro de 2021 os eleitores de Coimbra confiaram nesta proposta de mudança de rumo, votando de forma inequívoca na grande coligação Juntos Somos Coimbra. Pretendemos continuar a apoiar o desenvolvimento de Coimbra, ouvir a população e consolidar estratégias que permitam a modernização do concelho, melhorar a qualidade de vida e incrementar o dinamismo económico e social. Continuaremos empenhados em procurar consensos alargados com outros movimentos e partidos políticos, sem aceitar projetos que representem uma secundarização ao partidarismo que impera em Portugal e recusando ligações a grupos extremistas. Para as próximas eleições autárquicas o nosso objetivo é voltar a vencer as eleições para a Câmara Municipal e aumentar o número de freguesias com representação do Movimento Somos Coimbra. O compromisso de todos é o de, independentemente do resultado, continuar a trabalhar para que o Movimento Somos Coimbra consolide a sua condição de ator central de uma trajetória de prosperidade para Coimbra."

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Intervenção da deputada municipal Lúcia Santos

Não tinha, honestamente, a intenção, muito menos a vontade, de voltar a falar aqui de um assunto que já abordei algumas vezes. Porém, cavalgando muitas vezes a insatisfação dos munícipes, que é natural, a oposição persiste em trazer para a praça pública. O que, de certa forma, me faz crer que escasseiam os tópicos, de maior relevância, para apreciar.

Refiro-me, claro está, às obras do MetroBus, e ao transtorno que causam na mobilidade da cidade. E, antes de mais nada, faço questão de manifestar aqui a minha, por um lado admiração, pela sua grande competência técnica, e por outro lado, a minha solidariedade para com a Senhora Vereadora Ana Bastos, pela capacidade extraordinária que tem manifestado, e pela sua resiliência, em conduzir esta pasta de grande complexidade, sempre sob enorme escrutínio e críticas, mantendo uma permanente disponibilidade para dialogar, para explicar, esclarecer e voltar a explicar todos os passos desta obra. E falo disto aqui, essencialmente para os munícipes, sensibilizando-os para a necessidade de olharmos para estas obras que estão a acontecer, com os olhos postos na Coimbra que nascerá num futuro próximo. Penso que todos compreendemos a importância do metro para a melhoria da qualidade de vida na Cidade, e para o seu próprio desenvolvimento económico e social. Veja-se os casos dos metros de Paris, de Londres, ou ainda de Tóquio ou São Paulo, catalisadores de transformações urbanas profundas, impulsionadores de desenvolvimento económico, social e cultural, moldando o tecido urbano e a vida de milhões de pessoas. Todos compreendemos que a obra é difícil; envolve 14 empreitadas, um investimento de 171 M€, a articulação entre diversas entidades e, de não somenos importância, as imprevisibilidades que se deparam diariamente; Todos compreendemos que prosseguir uma obra desta envergadura, com a vida própria da cidade a acontecer, causa muito transtorno. Também todos deveríamos compreender que não há milagres, e que não podemos simplesmente levantar o pano e, zás, temos um metro na cidade. Penso que também é relativamente tranquilo compreender que, se no decurso de uma cirurgia programada, o cirurgião se depara com um tumor, não pode simplesmente prosseguir a intervenção como se nada fosse. E, por isso, os munícipes compreendem que seria imoral, má gestão, para não dizer total incompetência, esburacar a cidade para construção do Metro, mantendo as infraestruturas das águas e saneamento que, neste momento, já se encontram degradadas, subdimensionadas e, em muitos casos, quase podres, em bom português. E, por isso, ainda que da minha boca nunca ouvirão qualquer expressão como “deixem-nos trabalhar”, a verdade é que seria interessante ouvir propostas pragmáticas e concretas, da parte da oposição, para prosseguir os trabalhos em curso, com menos incómodo e menos transtorno. A Senhora Vereadora já, por diversas vezes, convidou a oposição a juntar-se às reuniões de planeamento de obra, que reúnem todas as entidades envolvidas. Por isso, meus Senhores, enquanto se persistir neste tema, criticando-se, de forma vaga e pouco fundamentada, o mau planeamento das obras, sentirei sempre a necessidade de voltar a este assunto. A dor é temporária, mas a vitória é eterna! E, felizmente, neste momento começamos a perceber a conclusão de algumas empreitadas, com a realização dos trabalhos finais de pavimentação em alguns dos troços, que anularão os desníveis que atualmente existem nos atravessamentos do canal, repondo a normal circulação das vias. Os munícipes saberão seguramente reconhecer o esforço, e a coragem do atual executivo, para encetar uma obra que não tinha como não causar desarranjos e transtornos. Li, há pouco tempo, uma entrevista do ilustre líder de bancada do PS, entrevista esta que parece, contudo, desfasada no tempo, encaixando-se mais em 2019 ou 2020. Em suma, diz o Senhor Deputado que só vê inação, inépcia e ausência de obra do atual executivo. Ainda recentemente, fiz aqui uma espécie de balanço intermédio do mandato, e apresentei alguns aspetos, essencialmente assentes em dados estatísticos e números, que demonstram que Coimbra está a crescer e a dinamizar-se em muitas áreas. Não vou, obviamente, repetir nada do que disse, mas permita-me aqui 2 apontamentos que, se nada mais existisse, só por si alavancam uma enorme transformação para a região: a inserção de Coimbra na rede transeuropeia da Alta Velocidade. A Linha de Alta Velocidade irá parar em Coimbra B, e nem vale a pena referir aqui o impulso transformador que isso vai trazer. Depois, temos o nosso velho apeadeiro de Coimbra-B que será transformado numa grande Estação Intermodal, permitindo o desenvolvimento de uma nova centralidade naquela zona. Aproveito para convidar todos a visitar a exposição “O comboio de Alta Velocidade chega a Coimbra”, que vai ficar patente até 8 de fevereiro de 2025, na Sala da Cidade, de entrada livre, e que pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 13h00 às 18h00. A terminar, e com o mesmo propósito de querer ver Coimbra como uma cidade inteligente, moderna e inclusiva, desafio o executivo a assumir como foco prioritário nos próximos tempos / mandato, o desenvolvimento de um programa, de um propósito mesmo, de transformar Coimbra numa cidade amiga dos velhos. Europa é um continente de pessoas idosas, Portugal está a envelhecer a um ritmo mais acelerado do que os restantes países europeus, e a Região Centro é das mais envelhecidas do País. O envelhecimento da população é um dos maiores êxitos da humanidade, testemunho do progresso da medicina e do bem-estar, porém é também um dos seus maiores desafios. E o desafio maior é justamente sabermos transformar-nos para esta realidade. Coimbra tem saberes, tem conhecimento, tem especialistas nesta área e usa, com orgulho, o epíteto de Capital da Saúde. Por isso, casemos todo o nosso potencial para que, num futuro próximo, se torne anacrónico o que se referia no Perfil Municipal de Saúde de Coimbra, apresentado em março de 2021, que, no essencial, retratava Coimbra, no que toca ao envelhecimento, como um município de pessoas idosas, maltratadas e que morrem, literalmente, de frio.

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