O Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) manifestou hoje em nota de imprensa enviada à Central Press, "a sua profunda preocupação e indignação perante a catástrofe que, nestes últimos dias, devastou o interior da região, deixando marcas profundas em concelhos como Arganil, Góis, Lousã, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, entre outros".
Segundo o comunicado da CERC, "os incêndios provocaram enormes prejuízos ambientais, sociais e económicos, fragilizando a coesão territorial e ameaçando a sobrevivência de inúmeros negócios que dependem da vitalidade e biodiversidade da serra".
“Se não forem tomadas medidas urgentes, corremos o risco de condenar o interior ao abandono definitivo”, alerta Hugo Serra, presidente do CERC.
O CERC defende que "o Estado Central deve vir rapidamente ao terreno, ouvindo autarquias, empresários e entidades locais, de forma a garantir que a estratégia de reconstrução é realista, eficaz e conduzida por quem conhece verdadeiramente o território".
Neste contexto, o CERC considera fundamental que fundos do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência) e do Portugal 2030 sejam canalizados para a reconstrução da paisagem natural e para a revitalização do tecido económico e social, devolvendo esperança, dignidade e futuro às comunidades e empresas.
“Os empresários e as empresas querem continuar a acreditar nestes territórios, mas precisam de medidas concretas que lhes deem confiança para investir e criar riqueza”, reforça Hugo Serra.
Presente em toda a região de Coimbra, através das associações empresariais locais, o CERC reafirma "a sua total disponibilidade para colaborar em todos os grupos de trabalho e iniciativas que visem a recuperação do território e a revitalização da economia regional".