Durante o mês de agosto, o projeto Viv’Aldeia levou às associações locais das aldeias de Casais de Baixo, Borda da Ribeira, Aivado, Fundada, Vilar do Ruivo, São João do Peso e Vale das Casas, sessões dedicadas ao tema “Autonomia e Segurança”.

Esta iniciativa, organizada pelo CLDS 5G Vila_com_Vida, teve como principal objetivo promover a autonomia, a independência, a funcionalidade e a qualidade de vida da população idosa, reforçando a importância das Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades de Vida Diária Instrumentais (AVDIs) no processo natural do envelhecimento, com alterações físicas, cognitivas, emocionais e sensoriais.

As sessões foram dinamizadas pela terapeuta ocupacional, da Santa Casa da Misericórdia de Vila de Rei, que apresentou aos participantes diversos produtos de apoio, equipamentos adaptados e estratégias para a realização de tarefas do quotidiano (cuidados pessoais e domésticos). Através de demonstrações práticas e diálogo aberto, os idosos foram sensibilizados para formas de manter a sua independência e autonomia com segurança, contribuindo para uma vida mais ativa, digna e com maior bem-estar.

Relativamente às atividades diárias e às atividades diárias instrumentais, foram abordadas: a alimentação, o tomar banho, a higiene pessoal, o vestir/despir, a mobilidade funcional (deslocações, transferências e posicionamentos), a confeção e preparação de refeições (alimentos), a comunicação, a limpeza do domicílio e outras tarefas domésticas.
O Projeto Viv’Aldeia mantém-se, assim, focado em promover um envelhecimento ativo e saudável, através de ações que incentivem relações sociais, combatam o isolamento e a solidão, reforcem a autonomia e o bem-estar, e assegurem a participação plena de todos na sociedade.

As sessões contaram com a participação de 52 pessoas, provenientes das diferentes aldeias envolvidas.

A iniciativa enquadra-se no programa de promoção do envelhecimento ativo e saudável, proporcionando um momento de superação e convívio, que resultou numa experiência memorável para todos os presentes.

O Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social de 5.ª Geração (CLDS-5G) é uma iniciativa que visa reforçar as políticas de inclusão social e combate à pobreza em Portugal.
Este programa considera o território como uma dimensão essencial para a sua implementação, concentrando as intervenções nos grupos populacionais que apresentam fragilidades mais significativas e promovendo mudanças tendo em conta os fatores de vulnerabilidade.

Objetivos principais do CLDS-5G

• Prevenir e combater a exclusão social, especialmente a infantil, quebrando ciclos intergeracionais de pobreza e garantindo a coesão social e territorial.
• Promover a inclusão social de grupos populacionais que revelam maiores níveis de fragilidade social num determinado território, mobilizando para o efeito a ação integrada de diferentes agentes e recursos localmente disponíveis.

Eixos de intervenção

• Emprego, formação e qualificação: Desenvolver ações que favoreçam os processos de integração profissional, social e pessoal dos desempregados, em estreita colaboração com as unidades locais do Instituto do Emprego e da Formação Profissional.
• Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil: Implementar ações que promovam a igualdade de acesso das crianças e jovens a serviços essenciais, como educação, saúde, alimentação e habitação condigna, bem como ações que promovam um acompanhamento de proximidade e a inclusão e o combate à discriminação, particularmente das crianças e jovens em situação de especial vulnerabilidade.
• Promoção do envelhecimento ativo e apoio à população idosa: Criar a figura do Gestor 60+, técnico e ponto focal no diagnóstico e intervenção individualizada junto dos cidadãos idosos, promovendo a autonomia, o envelhecimento ativo e a longevidade.
• Capacitação da comunidade e das instituições: Fortalecer as competências das comunidades e das instituições locais para melhor responderem às necessidades dos grupos vulneráveis.

A coordenação e a concretização dos objetivos dos CLDS-5G pertencem aos municípios, que podem constituir-se como Entidades Coordenadoras Locais da Parceria (ECLP) ou designar outra entidade de direito privado sem fins lucrativos que atue na área do desenvolvimento social.