“O ano letivo 2025/2026 inicia-se com muitas nuvens negras no horizonte", afirma o Sindicato dos Professores da Região Centro, que enumera as alterações à legislação laboral, a reorganização do ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI), a falta de professores e outras situações, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.
"De facto, até no distrito de Castelo Branco essa é das principais preocupações das escolas: O risco, mais do que certo em alguns AE e EnA, de se iniciarem as aulas sem que estejam garantidos todos os professores para todos os alunos (...)", afirma a entidade sindical.
No âmbito do levantamento das condições de arranque do ano letivo, o SPRC, até ao final da semana que terminou a 12 de setembro, fez uma recolha de dados no distrito de Castelo Branco que abrangeu as 21 unidades orgânicas.
Deste levantamento, o sindicato afirma ser possível retirar algumas conclusões como "em 61,9% as direções dos AE/EnA referem que há falta de recursos humanos, sendo que em 28,57% desses casos assinala-se, mesmo, um agravamento da situação em relação ao ano passado". Entre os estabelecimentos que referem haver grande falta de recursos humanos, 57,14%, destaca a falta de professores.
Nas respostas abertas do questionário, são referidos vários problemas, como a idade avançada do corpo docente; o incumprimento dos rácios de pessoal não docente; dificuldade de contratação de docentes, com particular acutilância para a dificuldade em integrar os alunos imigrantes; insuficiência de créditos horários; más condições físicas do edificado; escolas sobrelotadas e turmas com mais alunos que o legalmente previsto.