O ano letivo 2025/2026 arrancou em Castelo Branco com a tradicional sessão solene de abertura e de boas-vindas aos professores, levada a cabo pela Câmara Municipal de Castelo Branco e que teve lugar no Cine-Teatro Avenida, no dia 11 de setembro, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
O evento contou com a presença da comunidade educativa, entidades locais e elementos da Câmara Municipal, nomeadamente da Divisão de Educação e da Divisão de Desenvolvimento Social.
A vereadora com o pelouro da Educação, Patrícia Coelho, referiu alguns dos projetos concretizados nos últimos anos, que procuraram garantir a igualdade de oportunidades, e destacou o investimento realizado em áreas essenciais: “Fortalecemos os serviços educativos, alargámos a oferta de atividades extraescolares e concluímos a Carta Educativa de Castelo Branco, ajustada às reais necessidades das famílias e da comunidade escolar”.
Para o ano letivo agora iniciado, Patrícia Coelho deixou o desejo de que este seja “um tempo de novos desafios, aprendizagens e vitórias”, sublinhando que, para alcançar uma escola justa e igualitária, “todos têm que ter os mesmos direitos e acessos”.
Durante a sessão, o professor, psicólogo e psicanalista Eduardo Sá proferiu uma intervenção inspiradora, que foi aplaudida pelos diretores dos quatro Agrupamentos de Escolas do concelho, Afonso de Paiva, Amato Lusitano, Nuno Álvares e José Sanches e São Vicente da Beira.
O especialista destacou a necessidade de uma escola mais inclusiva e inovadora: “É preciso repensar a escola desde a base, começando pelos jardins de infância, que devem ser espaços de descoberta e não de ensino formal precoce. As crianças precisam de tempo para brincar e desenvolver competências sociais e emocionais. A escola deve ser um espaço que valoriza cada aluno, não apenas pelas notas, mas pela sua capacidade de crescer como cidadão”.
Concluiu dizendo que os jovens devem seguir os seus sonhos, mas tendo a noção que “existe uma crise ambiental, política, financeira e habitacional”. Assim, o papel dos professores “é absolutamente indispensável para que eles acreditem no futuro e que vale a pena crescer”.
Leopoldo Rodrigues enalteceu o papel das escolas na construção de uma comunidade mais justa e integrada: “Nenhum aluno pode ficar para trás. A escola tem de cumprir esse papel integrador e os professores têm de conseguir a hábil tarefa de conciliar a transmissão de conteúdos para alunos de diferentes países, línguas e culturas”.
O presidente da Câmara Municipal deixou uma palavra de reconhecimento aos diretores dos Agrupamentos de Escolas pela preparação do novo ano letivo, apelando à necessidade de “continuar a inovar e a pensar diferente para responder aos desafios da educação atual”.
O Autarca leu, ainda, uma mensagem de saudação aos professores, da autoria do General Ramalho Eanes , que foi convidado mas não pôde estar presente por questões de saúde, referindo que guarda uma “grata memória dos professores, que contribuem para a formação social e ética dos jovens e a sua tomada de consciência para a responsabilidade social”. O General Ramalho Eanes aceitou ter em Castelo Branco o seu espólio, para que este possa ser estudado, conhecido e valorizado.