O Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC), reuniu no dia 17 de setembro, na Pampilhosa da Serra, um dos concelhos afetados pelos incêndios, para avaliar os impactos no território e no tecido empresarial e exigir medidas imediatas, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
"Os incêndios destruíram floresta, afetaram explorações agrícolas, empresas e turismo, comprometendo a paisagem, uma das maiores riquezas da região", lê-se no comunicado.
“A nossa paisagem agora fica prejudicada durante anos”, lamenta João Alves, presidente da Associação Empresarial e de Serviços de Pampilhosa da Serra (AESPS).
O CERC considera medidas como o "Condomínio de Aldeia", do Fundo Ambiental, "importantes, mas insuficientes", denunciando a "burocracia e a falta de resposta". O Conselho Empresarial defende "soluções preventivas e inovadoras", como o pastoreio com recurso a GPS, reflorestamento com drones e métricas para compensação da pegada de carbono, que permitam atrair investimento privado.
“Urge limpar as áreas queimadas, virar terra, fazer plantios com as devidas espécies e apoiar empresas e populações. As comunidades locais não podem continuar a desenrascar-se sozinhas. Não se pode repetir a inação da catástrofe de 2017”, afirmou Hugo Serra, presidente do CERC.
Apesar dos danos, o CERC sublinha que “a Serra ainda tem muito verde” e apela a que se continue a visitar a região. Sublinha, ainda, que se mantém disponível para dialogar com o Governo e garante que continuará a exigir ação e reforço de verbas para a recuperação económica e ambiental.