A 4ª edição do curso de 3º ciclo inicia com mais 15 estudantes a preencherem a totalidade das vagas. O presidente da Escola de Enfermagem, Fernando Amaral, pede aos doutorandos que produzam conhecimento a pensar na prática profissional e em melhores cuidados às pessoas, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
O presidente da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), Fernando Amaral, mostrou-se, ontem, satisfeito com a atratividade do programa de doutoramento em Enfermagem criado pelo estabelecimento, em associação com a Universidade de Coimbra (UC), e que tem como barómetro as regiões de proveniência dos estudantes que a ele se candidatam.
Dirigindo-se aos 15 doutorandos que preencheram o total de vagas disponibilizadas para a 4ª edição do curso de 3º ciclo, que esta semana se inicia, o presidente da instituição agradeceu a preferência, particularmente "aos estudantes pela primeira vez na Escola". E que vêm de localidades como "o norte do país, Lisboa e até a Alemanha", referiu, mais tarde, o professor coordenador do curso de doutoramento, João Apóstolo.
Segundo o professor Fernando Amaral, que participou na sessão de boas-vindas aos discentes, "no doutoramento há que aprender a produzir conhecimento novo, designadamente para a área disciplinar e com a finalidade de prestar melhores cuidados de Enfermagem às pessoas".
Ao vincar que a "Enfermagem é uma disciplina e uma profissão", o presidente da ESEnfC defendeu que o "conhecimento deve ser produzido sobre os problemas que se encontram na prática", dando respostas, por exemplo, a como é possível ajudar as pessoas a viverem as suas transições de vida" e "a capacitarem-se para o autocuidado".
"É muito importante que daqui venham a sair trabalhos, investigações, que tenham esse aspeto como essencial: melhorar o conhecimento da Enfermagem. Que há de, depois, repercutir-se quando é transferido. E é por isso que se pede que produzam artigos. Uma forma de esse conhecimento chegar às pessoas que o vão utilizar, seja na prática concreta, seja nas formas de pensar a prática", salientou Fernando Amaral, que é doutorado em Gestão de Empresas, na especialidade de Estratégia e Comportamento Organizacional, com uma tese centrada na efetividade dos cuidados de Enfermagem.
O curso de 3º ciclo em Enfermagem tem a duração de quatro anos (um ano curricular e três para a elaboração da tese) e o objetivo geral de "assegurar formação avançada que contribua para o desenvolvimento de competências específicas na produção e translação de conhecimento em Enfermagem". Este programa doutoral tem em vista preparar "uma nova geração de investigadores em Enfermagem", capazes de integrar equipas interdisciplinares em projetos inovadores.
Estudantes do doutoramento em Enfermagem da UC têm-se destacado na atividade profissional e de investigação, o que lhes valeu o reconhecimento pelos pares e até pelas entidades empregadoras.
É o caso de Diana Santos e de José Miguel Seguro, reconhecidos, em 2024, pela Sigma Europa (sociedade honorífica de Enfermagem) com prémios de Excelência em Enfermagem, nas áreas da investigação em início de carreira e da prática clínica. Ou de Helena Figueiredo (vencedora de uma das Bolsas de Doutoramento CUF 2024).
A 4ª edição deste programa de doutoramento vai ser frequentada por estudantes oriundos de vários concelhos do país – Castelo Branco, Coimbra, Braga, Lisboa, Mealhada, Mira, Palmela, Penafiel, Oeiras e Sever do Vouga – e até da cidade europeia de Frankfurt (Alemanha).
Na receção aos novos doutorandos, discursaram, ainda, o presidente da comissão científica do curso, Joaquim Murta, o presidente do Conselho Técnico-Científico da ESEnfC, Rui Gonçalves, e a professora membro do Conselho Pedagógico da Escola, Ana Perdigão.