Manuel Castro Almeida garantiu esta quarta-feira no Parlamento que a esmagadora maioria dos apoios às vítimas do grande incêndio do ano passado em Albergaria-a-Velha já foi paga.
O ministro Adjunto e da Coesão Territorial respondia a questões colocadas pela deputada do PSD Ana Gabriela Cabilhas, que abordou a tragédia daquele concelho do distrito de Aveiro como tendo deixado “marcas que perduram”.
“Quando há um ou dois casos pendentes, ou 30 casos em 5.000, não é por desleixo dos serviços, é porque há litígios, confrontos, ou porque são situações difíceis” – vincou Manuel Castro Almeida na Comissão de Economia e Coesão Territorial, referindo-se aos pedidos de apoio na sequência dos incêndios de 2024.
De acordo com os números avançados pelo governante, os apoios respeitantes aos incêndios de 2024 “estão quase todos resolvidos”. No caso dos apoios aos agricultores – de valor até 6.000 euros - foram atribuídos 5.075, faltando atribuir 30. Ainda segundo Castro Almeida, quanto a primeiras habitações, há 75 pedidos de apoio, com três casos por contratualizar, enquanto no que toca às empresas, há 50 pedidos, sendo que de entre as que tinham seguro, há três casos pendentes, “que devem ficar resolvidos esta semana, ficando apenas um” por resolver.
Ana Gabriela Cabilhas recordou na audição ao ministro que na semana passada fizera um ano que Albergaria-a-Velha viveu “uma das suas grandes tragédias, com incêndios que deixaram marcas que perduram para sempre”. Dizendo saber que, à época, “o governo foi para o terreno para preparar e executar os apoios às famílias, para a recuperação das casas de primeira habitação e para a restituição da atividade económica e da atividade agrícola”, a deputada do PSD quis conhecer o ponto de situação quanto à atribuição dos apoios.
Recordando que no caso concreto dos empresários, “a situação é mais complexa em vários setores de atividade” e que há, inclusivamente, “queixas de falta de resposta da CCDR”, a deputada social democrata disse estar “certa de que todas as pessoas que têm direito receberão os seus apoios, porque o estado está aqui não para falhar às pessoas, mas para cumprir com as suas obrigações”.
