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Centro de Artes do Espetáculo assinala vida e obra de Ricardo Pais

Redação Central Press/
02/10/2025, 15h21
/
3 min
Ricardo Pais @DR
Ricardo Pais @DR

O Centro de Artes do Espetáculo de Viseu (CAEV), entidade gestora do Teatro Viriato, associa-se às celebrações do 80.º aniversário de Ricardo Pais, um dos mais marcantes e pensadores do teatro português, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Encenador, dramaturgo, académico, Ricardo Pais construiu "uma longa carreira marcada pela ousada estética, pela ousadia com que desafiou convenções, pela reinvenção de clássicos e pelo constante diálogo entre tradição e modernidade. O mundo das artes reconhece como a sua visão artística influenciou gerações de criadores e espectadores, marcando a história do teatro português".

Também a história do Teatro Viriato está profundamente ligada ao percurso do encenador Ricardo Pais. Foi em 1985, num Teatro Viriato devoluto e em ruínas, que Ricardo Pais, acompanhado de Olga Roriz, Luís Madureira e António Emiliano, apresentou a peça “Teatro de Enormidades Apenas Críveis à Luz Elétrica”, com textos de Aquilino Ribeiro. O Teatro Viriato, que se encontrava fechado há já 25 anos, revive, momentaneamente, a glória dos seus tempos áureos graças ao encenador Ricardo Pais. Estava assim dado o primeiro passo das sucessivas propostas da Área Urbana – núcleo de ação cultural para a reabilitação da única sala de Teatro em Viseu. A reanimação desta sala de espetáculos acontece em 1999, depois de diversas ações de reconstrução do edifício e sob a direção de Paulo Ribeiro, sendo a 1.ª temporada inaugurada no dia 29 de janeiro com o espetáculo “Raízes Rurais, Paixões Urbanas” de Ricardo Pais, especialmente remontado para esta ocasião.

Ricardo Pais nasceu em 1945, em Maceira-Liz, Leiria. Obteve o Director’s Course Diploma do curso superior de encenação do Drama Centre London. Foi professor da Escola Superior de Cinema de Lisboa (1975-83). Iniciou o seu percurso teatral como encenador em 1975, com “A Mandrágora”, de Maquiavel. Encenou mais de 50 espetáculos. Trabalhou autores portugueses como Fernando Pessoa, Padre António Vieira, Almeida Garrett, António Ferreira e Gil Vicente. Encenou também autores consagrados da dramaturgia universal, como Shakespeare, Wedekind, Molière ou Ionesco. Como refere a sua biografia oficial, “tornou-se conhecido pela encenação de grandes clássicos da dramaturgia universal, mas prefere ver-se como ‘encenador de música’, nela encontrando uma fabulosa capacidade de libertação de imaginários cénicos”.

Em 1984, iniciou uma carreira como gestor cultural, ao dirigir a Área Urbana, Núcleo de Ação Cultural de Viseu, ao qual sucedeu o Fórum Viseu, dois anos mais tarde. Foi diretor do Teatro Nacional D. Maria II entre 1989-90, e diretor do Teatro Nacional São João entre 1996 e 2009.

Foi recentemente condecorado, pelo Presidente da República, com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar d’Sant’lago da Espada.

Em sinal de gratidão, o CAEV associa-se às celebrações desta data simbólica e presta homenagem a uma vida dedicada ao serviço da cultura. "Celebrar Ricardo Pais é celebrar um legado que continua a inspirar gerações de artistas, público e instituições".

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