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Bloco de Esquerda reuniu com agentes e associações culturais do concelho

Redação Central Press/
02/10/2025, 17h18
/
3 min
Reunião com agentes e associações culturais @BE
Reunião com agentes e associações culturais @BE

No dia 29 de setembro, o Bloco de Esquerda de Viseu reuniu-se com diversos agentes e associações culturais do concelho, com o objetivo de auscultar as suas preocupações, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.

Do encontro resultou, de acordo com o partido, "um retrato preocupante da política cultural municipal, marcado pela falta de financiamento, pela excessiva dependência das decisões da Câmara e pelo desajuste entre o investimento em grandes infraestruturas e as reais necessidades da criação artística e da comunidade".

Entre os problemas identificados, o BE destaca a dificuldade das escolas em garantir acesso à cultura. Muitos alunos ficam impedidos de assistir a espetáculos devido à ausência de transportes adequados e a presença de artistas residentes é desigual, deixando a maioria das escolas públicas sem acesso a esta experiência fundamental. A falta de financiamento obriga muitos agentes culturais a colaborar de forma voluntária, ao mesmo tempo que se constata que Viseu é um dos concelhos do distrito que menos apoia o Plano Nacional das Artes.

Também a programação cultural foi alvo de críticas, com um modelo de apoios que gera dependência e competição entre os agentes, marcado por "orçamentos insuficientes, prazos excessivos e critérios pouco transparentes". A estas fragilidades soma-se a carência de espaços de ensaio e de criação artística na cidade.

No que respeita à rede de museus, foi assinalada "a escassa autonomia das equipas e uma gestão excessivamente centrada no turismo em detrimento das pessoas". Já em relação ao Centro de Artes e ao Multiusos, foi criticada a ausência de objetivos claros e de um verdadeiro projeto artístico para o novo edifício do CAEVis, considerado megalómano e desajustado às necessidades locais.

Foi ainda realçada "a necessidade de transparência na governação cultural, com a exigência de diretores artísticos independentes, a criação de um gabinete de apoio especializado para os agentes culturais e a adoção de critérios de atribuição de apoios mais claros e justos". Entre as propostas complementares, os participantes destacaram a importância de criar uma força coletiva de representação dos agentes culturais, de reforçar a divulgação da programação e de apoiar de forma consistente os espaços culturais independentes, que desempenham um papel essencial no ecossistema artístico da cidade.

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