A Câmara Municipal de Castelo Branco recebeu, no dia 1 de outubro, um conjunto de entidades que participaram numa reunião de trabalho sobre o projeto de criação de um Centro de Ciência Viva, em Castelo Branco, dedicado ao tema "One Health" ("Uma Só Saúde"), de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
Estiveram presentes representantes da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, do CATAA - Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar, da InovCluster - Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, da Schreiber Foods, da Ovibeira e, ainda, o médico gastrenterologista Eduardo Pereira.
Estava também prevista a presença de um representante do ICBAS - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, porém, tal não foi possível, mas a entidade consta na lista de futuros parceiros do projeto.
Esta reunião, que já estava equacionada há algum tempo mas só agora aconteceu, pretendeu, sobretudo, ouvir possíveis parceiros, biólogos e investigadores, que possam contribuir para a instalação e funcionalidade de um Centro de Ciência Viva em Castelo Branco.
O médico Eduardo Pereira é o consultor científico desta iniciativa e refere que “foi uma reunião de conhecimento e ciência” e “um contributo imenso para arranjar parceiros” para que o projeto seja “bem programado desde o início” e para que “o edifício seja física e estruturalmente adaptado à investigação, à pedagogia e ao conhecimento, com o objetivo claro de melhorar a saúde da população".
O Centro de Ciência Viva pretende desenvolver as três áreas fundamentais de "One Health": saúde humana, animal e ambiental. Através da união dos recursos disponíveis e de uma abordagem multidisciplinar da saúde, serão criadas unidades de investigação com múltiplos parceiros que vão conectar o conhecimento no mesmo espaço para, localmente, tomar decisões que poderão contribuir para a mudança global.
A ideia passa por repensar comportamentos e olhar a saúde humana na direção da melhoria, do bem-estar e da longevidade, com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pessoas a nível físico, mental, social e profissional.
Para Eduardo Pereira, "esta é uma grande oportunidade para Castelo Branco, que poderá beneficiar de um projeto que terá um espaço próprio de arte e ciência, mas também um centro pedagógico e de investigação, que será um espaço dedicado à saúde humana, ambiental e animal”.
Em relação à concretização do projeto, o médico explicou que “é um processo prolongado de construção”, que depende do Município, dos parceiros e dos investimentos que daí possam advir. “É um caminho longo, mas com exemplos noutras grandes cidades, e Castelo Branco poderá ser a primeira cidade mais periférica com uma iniciativa deste género”.
O consultor científico defende que esta região tem várias condições para albergar um centro desta natureza: “caraterísticas climáticas, biossistemas, produtos regionais, iniciativas em curso na agricultura, na saúde animal e na saúde das plantas, além de estruturas locais que devem ser valorizadas, com capacidade tecnológica e científica”.
O Centro de Ciência Viva em Castelo Branco está projetado para ser instalado na Quinta do Jardim (Vale da Europa), na sequência do Concurso Público de Conceção para a elaboração do Projeto do Parque Urbano Quinta do Jardim, cuja área proposta de intervenção é de 16 hectares e também irá contemplar a existência de uma Academia de Ginástica.