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Pedagogos, artistas, comunidade escolar e pais refletem sobre escola e infância no ciclo “Libertem As Crianças”

Redação Central Press/
14/10/2025, 11h53
/
5 min
"A escola dos sonhos"  © JUNO
"A escola dos sonhos" © JUNO

De 20 a 25 de outubro, o Teatro Viriato lança um novo ciclo de programação, inspirado na obra homónima do reconhecido pedagogo Carlos Neto. O ciclo “Libertem as crianças” reúne uma programação dedicada à criação contemporânea para a infância, juventude e famílias. Em articulação com escolas, famílias, mediadores e artistas, o ciclo explora questões ligadas à infância, à educação e à coragem de transformar ideias em ações. Com “Libertem as crianças”, o Teatro Viriato celebra o direito ao brincar, ao imaginar, ao criar e à liberdade artística desde cedo, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

“O digital impõe-se cada vez mais no nosso dia-a-dia, nas relações humanas que estabelecemos. Estamos a perder dimensão física e presencial, seja no espaço escolar ou familiar, algo que o pedagogo Carlos Neto tem vindo a alertar. Reconhecendo a importância do seu pensamento, quisemos dar-lhe espaço e convocar a comunidade escolar, pedagogos e encarregados de educação a refletir sobre a infância, o direito ao brincar, e sobre o modelo de escola em vigor”, explica o diretor de programação do Teatro Viriato, António M Cabrita, que acredita que debater estes assuntos atualmente “é uma responsabilidade cultural e social”.

A programação do ciclo inicia com a apresentação do “Caderno Criar Coragem” (20 de outubro, às 15h00). Com texto de Hugo Cruz e ilustrações de Tiago Galo, este é um recurso do Plano Nacional das Artes (PNA) para jovens implementarem projetos criativos artísticos ou “artivistas” nas suas comunidades, estimulando a participação e a criação, abordando temas atuais, mas também desafiando os jovens a fazer da criatividade uma forma de resistência. De acordo com o PNA, este recurso procura “incitar à desaprendizagem do que já não serve e à ocupação de futuros por vir”, assim como procura “valorizar o poder do jogo e do brincar como algo estruturante na nossa evolução”.

Também no mesmo dia, é exibido o documentário “Arte Pedras Liberdade” (20 de outubro, às 17h30), de António-Pedro e Caroline Bergeron (companhia Caótica). Um documentário que parte de interrogações sobre a natureza da criação para o público jovem, os desafios de criar e programar para os mais novos e as agendas a partir das quais se desenvolvem as artes performativas para a infância e juventude, escutando as crianças e jovens sobre as suas experiências enquanto participantes e espectadores das artes performativas em Portugal. Ao mesmo tempo, aborda os profissionais do setor sobre os desafios de criar e programar para os mais novos. Este documentário é fruto do projeto “Conversas Emergentes”, uma colaboração da companhia com o PNA.

No dia seguinte, Carlos Neto fala-nos de como “Brincar é um assunto sério” (21 de outubro, às 17h30). Neste encontro, Carlos Neto explicará porque defende que o atual modelo escolar deve ser reinventado, apresentando o seu livro “Libertem as Crianças” e partilhando estratégias que podem ajudar a incentivar os mais novos a serem fisicamente ativos.

A companhia Formiga Atómica integra também este ciclo com “Escola dos Sonhos” (22 de outubro, às 17h30). Com realização da dupla JUNO, este documentário reflete sobre o sistema educativo datado e sobre a pressão a que alunos e professores estão sujeitos, abrindo também a porta à reflexão do que poderia ser a escola ideal.

O ciclo termina com a oficina “É bom mandar?” (23 a 25 de outubro), da autoria de Catarina Requeijo e Inês Barahona, pensada para crianças que não têm ainda direito ao voto. Os participantes são convidados a sentar-se à mesa, numa espécie de assembleia instantânea, e a refletir sobre quem decide, como se decide e o que significa governar.

Ao longo de todo o ciclo, o Foyer do Teatro Viriato acolhe a exposição/instalação holográfica “Desejo/Desenho”, organizada pelo Teatro Viriato, e que contou com a participação de alunos de quatro escolas do concelho de Viseu. A exposição é o resultado final de um conjunto de oficinas desenvolvidas por Maria João Rochete, em que os mais novos foram desafiados a desenhar a sua escola ideal. Os desenhos realizados serviram de base à criação de pequenas animações holográficas da autoria de Tomás Pereira. Após o ciclo, a exposição inicia uma digressão pelas escolas envolvidas no projeto.

As inscrições para as atividades do ciclo acontecem até dia 17 de outubro, junto da bilheteira do Teatro Viriato. As sessões dos documentários são certificadas pelo Centro de Formação da Associação de Escolas de Viseu.

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