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Centro Clínico "SalusLive" alerta para o aumento de casos de ansiedade e défice de atenção nas crianças portuguesas

Redação Central Press/
15/10/2025, 11h38
/
3 min
Saúde Mental @jcomp
Saúde Mental @jcomp

O número de crianças com perturbações do neurodesenvolvimento, como défice de atenção, atrasos na linguagem, perturbações da coordenação motora e ansiedade precoce, está a aumentar de forma preocupante em Portugal, afirma o Centro Clínico "SalusLive" em comunicado de imprensa enviado à Central Press.

Segundo o Centro Clínico, a nível nacional, aproximadamente 1 em cada 100 crianças na idade pré-escolar tem perturbações do espetro do autismo, um aumento considerável de casos diagnosticados nos últimos anos. O mesmo se sucede com crianças com perturbações de hiperatividade e défice de atenção, cujos valores rondam entre os 5% a 7% de casos em Portugal.

Ecrãs, Pressão e Ausência: O triplo fator de risco

Segundo a equipa clínica da "SalusLive", o uso excessivo dos ecrãs, a pressão escolar precoce e a falta de tempo familiar estão entre as principais causas deste fenómeno.

"Cada vez mais, as crianças vivem em ambientes saturados de estímulos digitais, com ritmos que ultrapassam a sua capacidade de autorregulação e o resultado é visível: mais agitação psicomotora, regressões comportamentais, isolamento social e dificuldades de atenção e aprendizagem", lê-se no comunicado.

De acordo com o Centro Clínico, a pandemia veio agravar este cenário, eliminando momentos fundamentais de interação e socialização.

“As crianças perderam parte da infância e os pais, muitas vezes, perderam referências. O desafio agora é reconstruir o equilíbrio”, reforça Raquel Cunha, diretora clínica da "SalusLive".

Pais mais atentos, mas também mais ansiosos

Segundo o Centro Clínico, "há hoje uma maior literacia emocional e sensibilidade parental, mas também uma avalanche de desinformação digital".

A SalusLive alerta para o aumento do número de pais que recorrem primeiro à internet em busca de respostas, o que pode "atrasar diagnósticos e tratamentos adequados".

“A boa intenção dos pais é evidente, mas quando se substitui o acompanhamento clínico por conselhos de conteúdos que prometem soluções universais, criam-se expectativas irreais e riscos sérios para o desenvolvimento infantil”, explica Raquel Cunha.

Serviços públicos sobrecarregados e escolas sem resposta

O Centro Clínico realça que "apesar dos avanços, as respostas públicas continuam insuficientes. Os tempos de espera prolongados e a falta de recursos nas escolas dificultam uma intervenção precoce e inclusiva".

A SalusLive defende um reforço dos apoios em contexto escolar e a criação de medidas personalizadas para garantir a inclusão e o sucesso de todas as crianças, não apenas na escola, mas também na comunidade.

“Queremos continuar a ser um espaço de referência, onde cada criança é vista como única e encontra oportunidades reais para crescer com saúde, equilíbrio e felicidade”, conclui a diretora clínica.

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