O Porto de Aveiro retomou os trabalhos de dragagem de manutenção do canal principal de navegação de acesso ao porto.
Esta operação visa garantir as normais condições de segurança da navegação e reflete, simultaneamente, o compromisso da Administração do Porto com a sustentabilidade e a proteção do litoral. Os sedimentos dragados estão a ser depositados a sul do 1.º esporão da Barra/Costa Nova, com o objetivo de reforçar o cordão dunar nessa zona. A intervenção está a ser desenvolvida em estreita colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Os sedimentos dragados, num volume máximo estimado de 135.000 metros cúbicos, serão utilizados para reforçar o cordão dunar, através com repulsão direta por tubagem na praia emersa. Embora os sedimentos provenientes das dragagens de manutenção, imersos ao largo da Costa Nova, tenham como objetivo contribuir para mitigação dos efeitos da erosão costeira, esta intervenção distingue-se por ter um impacto mais direto e imediato na recuperação e estabilização do cordão dunar.
Esta intervenção, a ser concretizada pela empresa Rohde Nielsen A/S, encontra-se integrada no plano de dragagens de manutenção do porto representando um investimento na ordem dos 280.000 euros, estimando-se a sua conclusão no prazo máximo de 1 mês.
Paralelamente, decorrem ainda os trabalhos de dragagem do Porto de Pesca do Largo e da doca de recreio do Jardim Oudinot, destinados a melhorar as condições de navegabilidade e segurança dessas zonas, utilizadas pelas empresas da pesca do largo e para atividades náuticas de recreio.
Ao longo dos últimos anos, o Porto de Aveiro tem assegurado um contributo efetivo para o reforço do cordão dunar com a imersão de um volume anual médio de 500.000 metros cúbicos de sedimentos.
Este trabalho tem sido desenvolvido em estreita articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, no quadro de uma estratégia conjunta de valorização ambiental e defesa da orla costeira.
A cooperação entre as duas entidades tem permitido garantir que as dragagens realizadas no Porto de Aveiro contribuam não apenas para garantir a segurança da navegação, mas também para a resiliência do território face à dinâmica do litoral e aos desafios climáticos atuais.