Um projeto liderado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em conjunto com a Universidade Lúrio (UniLúrio), está a ajudar comunidades moçambicanas a melhorar a qualidade do ar em habitações, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.
Intitulado “AfroEnergy”, este projeto pretende mudar a forma como se produz e consome energia no norte de Moçambique, promovendo a sustentabilidade, a eficiência energética e a investigação científica local.
A iniciativa, que envolve a Faculdade de Engenharia da UniLúrio, em Pemba, nasceu de um acordo de cooperação científica com a UC e tem como objetivo capacitar equipas moçambicanas através da formação, da instalação de equipamentos e do desenvolvimento de competências em qualidade do ar interior, energias renováveis e eficiência energética.

De acordo com Adélio Gaspar, professor do Departamento de Engenharia Mecânica, em muitas regiões moçambicanas, as fontes de energia doméstica ainda depende da queima de lenha e carvão, o que provoca poluição dentro das habitações e graves problemas de saúde pública. "O AfroEnergy quer inverter esse cenário. Nesse sentido, equipamos a UniLúrio com instrumentos de monitorização ambiental (capazes de medir temperatura, humidade, partículas, dióxido e monóxido de carbono) e criamos laboratórios de refrigeração e energia solar que estão, agora, ao serviço do ensino e da investigação", afirmou o coordenador do projeto.
Professores e estudantes receberam formação em Pemba e em Coimbra, tornando-se capazes de realizar campanhas de medição em casas rurais e de desenvolver investigação aplicada para encontrar soluções sustentáveis adaptadas à realidade moçambicana.
