A deputada do PSD Adriana Rodrigues defendeu esta sexta-feira, no Parlamento, a urgência da ligação da Zona Industrial de Lordelo-Codal à autoestrada A32, em Vale de Cambra, sublinhando que o concelho “necessita muito, mas mesmo muito, de apoio em infraestruturas”.
A parlamentar social-democrata interveio na Comissão de Orçamento, no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, onde o Governo anunciou que o estudo de execução da obra, avaliado em seis milhões de euros, avançará já no primeiro trimestre de 2026.
Prioridades para Vale de Cambra
Na audição ao ministro das Infraestruturas e Habitação, Adriana Rodrigues destacou quatro carências principais no concelho:
- Abastecimento de água e saneamento,
- Reparação da rede viária,
- Cobertura de rede de telecomunicações,
- Acesso à internet.
“Algumas freguesias do interior, como Arões, Junqueira e Cepelos, têm uma cobertura de água e saneamento inferior a 10%. Mas também as restantes freguesias têm graves deficiências a este nível. Esta é uma realidade completamente inaceitável num país que integra a União Europeia”, afirmou.
A deputada apontou ainda a necessidade de correção do traçado da reta da Batalha, na freguesia de Cepelos (ER227), cuja curvatura na ponte “impede a circulação de viaturas de grande dimensão” e “estrangula a passagem de ambulâncias e veículos de bombeiros”, situação que considerou “deveras preocupante”.
Em resposta, o secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, confirmou que o estudo técnico da ligação à A32 avançará no início de 2026 e que está também em análise uma solução para o troço da reta da Batalha, de modo a eliminar as atuais restrições de circulação.
Adriana Rodrigues é deputada do PSD eleita pelo círculo de Aveiro e tem desenvolvido trabalho nas áreas do desenvolvimento regional, turismo e infraestruturas.
Antes de integrar o Parlamento, desempenhou funções na Região de Turismo do Centro de Portugal, onde esteve envolvida em projetos de promoção territorial, valorização do património e apoio à cooperação intermunicipal.
Desde o início da legislatura, tem defendido investimento público equilibrado entre litoral e interior, dando particular ênfase à modernização das infraestruturas do ensino profissional, à necessidade de prevenir incêndios florestais com consenso político alargado e à utilização eficiente dos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Nas suas recentes intervenções parlamentares, Adriana Rodrigues afirmou que o Orçamento do Estado para 2026 “tem de fazer crescer Portugal”, com “apoio efetivo às empresas e às regiões que mais contribuem para a coesão territorial e social”.
Infraestruturas como fator de coesão
A ligação da Zona Industrial de Lordelo-Codal à A32 é considerada estratégica para melhorar o escoamento industrial e atrair investimento para Vale de Cambra, reforçando a competitividade das empresas locais.
A deputada social-democrata tem insistido que a coesão territorial só será real quando o interior tiver condições equivalentes às do litoral, defendendo que “nenhum concelho deve ficar para trás por falta de infraestruturas básicas”.

