São Julião da Figueira da Foz voltou oficialmente a ser uma freguesia autónoma, após a aprovação, pela Assembleia da República, da desagregação da União de Freguesias de Buarcos e São Julião.
A reinstalação foi assinalada no passado 31 de outubro de 2025, com a cerimónia de tomada de posse da nova Assembleia e Junta de Freguesia, marcando o início de um novo ciclo político e administrativo para a comunidade.
Eleições com maioria clara da coligação PPD/PSD.CDS-PP
Nas primeiras eleições autárquicas realizadas após a separação, o ato eleitoral contou com 8.983 inscritos, dos quais 4.664 votaram, traduzindo-se numa participação de 51,92%.
A coligação PPD/PSD.CDS-PP – “Figueira a Primeira” foi a grande vencedora, conquistando 52,43% dos votos (2.445 votos) e oito mandatos na Assembleia de Freguesia, assegurando assim a maioria absoluta.
O Partido Socialista (PS) obteve 20,33% (948 votos) e três mandatos, o Chega (CH) alcançou 10,04% (468 votos) e um mandato, e a coligação BE+L+PAN – “Evoluir Figueira” conquistou 6,73% (314 votos) e um mandato.
O PCP-PEV ficou-se pelos 5,17% (241 votos), sem mandatos atribuídos, e o ADN obteve 0,75% (35 votos). Registaram-se ainda 3,02% de votos em branco (141) e 1,52% de votos nulos (71).
| Força Política | Votos | % | Mandatos |
|---|---|---|---|
| PPD/PSD.CDS-PP (“Figueira a Primeira”) | 2.445 | 52,43% | 8 |
| PS | 948 | 20,33% | 3 |
| CH | 468 | 10,04% | 1 |
| BE+L+PAN (“Evoluir Figueira”) | 314 | 6,73% | 1 |
| PCP-PEV | 241 | 5,17% | 0 |
| ADN | 35 | 0,75% | 0 |
Tomada de posse e consenso político
Na cerimónia de instalação, Manuel Rascão Marques tomou posse como presidente da Junta de Freguesia de São Julião, e Ana Margarida Cunha assumiu a presidência da Assembleia de Freguesia.
O novo executivo e a mesa da Assembleia foram eleitos com 12 votos a favor e uma abstenção, evidenciando um espírito de cooperação e consenso entre os membros eleitos.
A nova Assembleia integra representantes da coligação “Figueira a Primeira” (PPD/PSD.CDS-PP), do PS, do Chega e da coligação “Evoluir Figueira” (BE+L+PAN), refletindo a pluralidade democrática da freguesia.
Um marco histórico para São Julião
A desagregação, aprovada no início de 2025, foi o culminar de anos de reivindicação popular pela recuperação da identidade e autonomia da freguesia.
Com a sua reinstalação, São Julião volta a ter órgãos próprios de gestão e representação, reforçando a proximidade entre eleitos e cidadãos.
“A reinstalação da freguesia representa um marco histórico e o resultado da vontade e envolvimento ativo da população de São Julião, que sempre desejou recuperar a sua identidade e autonomia administrativa”, destacou o novo executivo durante a cerimónia.
Um novo ciclo para a comunidade
Com a autonomia recuperada, a nova Junta de Freguesia pretende agora consolidar a reorganização administrativa, valorizar o património local e reforçar a ligação à comunidade, num espírito de união, transparência e serviço público.
São Julião inicia assim uma nova etapa da sua história - um regresso às origens, com olhos postos no futuro, reafirmando o seu papel central na vida da Figueira da Foz.

