A deputada do PSD Adriana Rodrigues defendeu no Parlamento a adoção de medidas que permitam mitigar os efeitos da distância de algumas freguesias do interior, como em Vale de Cambra, às unidades de saúde.
Numa intervenção na Comissão de Orçamento, a parlamentar social democrata deu exemplos como respostas locais de enfermagem ou a colocação de desfibrilhadores em freguesias que chegam a estar a uma hora do hospital de Santa Maria da Feira.
“Estamos a falar de freguesia que distam 20 a 30 minutos do centro de Vale de Cambra e, dali, mais 30 minutos à Unidade de Local de Saúde. No total, uma pessoa em emergência médica está a cerca de 50 ou 60 minutos da ULS. Esta é uma situação inaceitável para qualquer português, para qualquer ser humano numa sociedade de direito” – vincou Adriana Rodrigues na audição da ministra da Saúde.
Para a deputada aveirense, para estes territórios periféricos, “seria fundamental desenvolver cuidados médicos de maior proximidade, para melhor servir as nossas populações, dotando as freguesias de uma resposta médica de enfermagem, e, nomeadamente, desenvolver parcerias com IPSS (Instituições Particulares de Solidariedade Social) instaladas ou com as juntas de freguesia”.
Adriana Rodrigues deixou como outro exemplo do que poderia ser feito por estas populações a distribuição de desfibrilhadores, um por freguesia, “que permitisse salvaguardar casos de vida ou morte e o alargamento de protocolos com os bombeiros, nomeadamente no que diz respeito à disponibilização de VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação)”.
“Por sermos um concelho periférico, estamos cientes do risco de perder respostas” – admitiu a parlamentar social democrata, recordando que não existe um hospital de Vale de Cambra como uma unidade autónoma e que os serviços hospitalares da região estão integrados ma ULS de Entre Douro e Vouga.
