Uma exposição apresentada em grandes caixas e que fica patente em plena Praça do Município, visitas a espaços culturais, a fábricas e a oficinas, conversas temáticas e outras mostras, são algumas das iniciativas da "IV Covilhã Creative Week", que decorre entre os dias 8 e 14 de novembro, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
Com organização do Município da Covilhã, a edição deste ano vai reforçar a estratégia de levar o design para a rua e vai desafiar a comunidade a descobrir os espaços culturais que a Covilhã tem na cidade e em várias freguesias do concelho.
O objetivo é continuar a alargar esta semana criativa, que arranca a 8 de novembro, uma data simbólica por ter sido nesse o dia que a Covilhã conquistou a chancela de Cidade Criativa da UNESCO na área do Design, em 2021, e que, um ano depois, em 2022, foi instituído como o Dia Municipal da Cultura. “Vamos desafiar os covilhanenses a uma imersão cultural”, apontou, na conferência de imprensa de apresentação do evento, Regina Gouveia, vereadora do Município.
Regina Gouveia explicou que nesse dia os espaços têm entrada gratuita, incluindo os que estão fora da esfera municipal e das freguesias, como sejam o Museu dos Lanifícios e o New Hand Lab.
O dia ficará igualmente marcado pela sessão de abertura da semana criativa, com vários representantes de entidades ligadas ao turismo e ao design, bem como autarcas de Castelo Branco, Caldas da Rainha e Leiria, cidades criativas da UNESCO convidadas.
Segue-se a apresentação da exposição “Design Encaixa”, que promete surpreender, não só por estar patente na principal praça da cidade, em grandes caixas cúbicas, mas sobretudo pelo conteúdo. Com curadoria do designer covilhanense Vasco Pinho, esta exposição é o resultado dos desafios criativos lançados a alunos de escolas do concelho, a alunos universitários e a empresas.
Aos alunos das escolas foi pedido que unissem esforços com empresas do concelho para desenvolver uma solução que mostrasse como é que o design pode ajudar uma comunidade que tem de enfrentar momentos trágicos, como os incêndios que o concelho da Covilhã registou no último verão ou outras catástrofes naturais. Já os alunos universitários foram desafiados a criar novas soluções para os “monos” que as empresas do setor têxtil acumulam ao fim de anos e anos de laboração. A meta é mostrar o caráter regenerativo e sustentável do design e como é que este pode estar ao serviço das comunidades locais, tal como explicou Vasco Pinho.
Além da exposição, os resultados e as aprendizagens vão estar em análise nas “Conversas com a Cidade: Desafios Criativos Design Encaixa”, que contam com os participantes na experiência, nomeadamente professores e alunos da Escola Profissional e Agrícola Quinta da Lageosa, Escola Profissional de Artes da Covilhã,
Escola Secundária Campos Melo, Escola Secundária Frei Heitor Pinto, Escola Secundária Quinta das Palmeiras, bem como dos cursos de Design de Moda e Tecnologia e Produto de Moda Sustentável da Universidade da Beira Interior. Quanto às empresas, integraram o projeto a Benoli Confeções, a CDNTV, a Confeções Lança, a Gigarte, a Grasil Confeções, a J. Gomes, a Ropre, Twintex e a WD Retail.
O Município destaca ainda o “Industrial – Encontros com a Cidade Fábrica”, que vai proporcionar o debate e a reflexão sobre temas como “Arte e Património: Da Tradição ao Design” e “Arte e Património: Do Design à Sustentabilidade”. Entre os dois painéis haverá “Design com Sabor”.
Outro dos pontos altos prende-se com o projeto “Urban Boosting Design Experience”, que estará patente em exposição e que também será tema de “Conversas com a Cidade”.
Ao longo de todo o evento, os que passarem pelo centro da cidade podem ainda descobrir peças de design que vão estar expostas em “montras criativas”, em mais uma ação que apresenta o design fora de portas.
Dentro de portas, mas igualmente a não perder, na Galeria António Lopes, a reabertura do espaço dedicado ao professor, que foi alvo de uma atualização do design expositivo.
