Perante a recente notícia de que os bancos privados em Portugal estão a arrecadar mais 20% em comissões do que no período pré-pandemia, o candidato presidencial André Pestana veio a público condenar aquilo que descreve como “um imposto privado encapotado” que penaliza a maioria dos cidadãos, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

“É urgente acabar com este imposto privado encapotado que afeta muitas pessoas em Portugal”, afirmou Pestana, sublinhando que grande parte da população “vive de forma modesta” e que “muitos dos nossos serviços públicos, apesar da dedicação dos seus profissionais, estão degradados”.

Para o candidato, a atual situação evidencia uma profunda desigualdade no país: “Não podemos continuar a ter uma espécie de casta que tudo pode e que ninguém enfrenta.”

André Pestana recordou ainda que, em 2008, os contribuintes foram obrigados a socializar os mega prejuízos dos banqueiros, e que agora “os mesmos grupos querem continuar a beneficiar de privilégios para manter os seus lucros recorde”.

De acordo com os dados mais recentes, em 2024 o lucro diário dos bancos em Portugal ultrapassou os 13 milhões de euros, o que Pestana considera “um escândalo moral e económico” num contexto de crescentes dificuldades para as famílias e de degradação dos serviços públicos.

O candidato defende que o Estado deve impor limites às comissões bancárias e garantir o acesso universal a serviços financeiros básicos sem custos abusivos, afirmando que “a economia deve servir as pessoas — e não o contrário”.