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Temporada da nova cocriação "Teatrão/teatromosca" arranca hoje

Redação Central Press/
06/11/2025, 12h47
/
5 min
“Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” @Mário Canelas
“Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” @Mário Canelas

“Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” é a nova cocriação do Teatrão e do teatromosca, um espetáculo com dramaturgia original de Jorge Palinhos a partir de “As Troianas” e “Hécuba” de Eurípedes, encenação de Marco Antonio Rodrigues. A estreia na Oficina Municipal do Teatro (OMT) acontece já hoje e está completamente esgotada, mas ainda há alguns bilhetes para as restantes datas do fim de semana de estreia, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Partindo de dois textos fundadores do teatro universal, “Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” traz-nos uma abordagem contemporânea que procura nas ruínas de Tróia pontes com a atualidade. Como é que se pode reaprender a existir num mundo onde parece não haver espaço para as utopias? Onde é que nos agarramos para nos mantermos vivos? É a partir destas questões centrais que chegamos, neste espetáculo, à figura de uma Hécuba que se recusa a ser vítima passiva, lugar de contemplação de fome e dor – aquilo que a rainha troiana, no cânon da tragédia clássica grega, tipicamente representa. Em “Dói-me o corpo de jazer nessa esperança”, mais do que uma mulher forte ou vingativa, Hécuba é uma mulher mítica que, quando confrontada com desafios muito complexos, não se resigna e procura tornar-se agente – e não vítima – do destino.

Em palco, durante cerca de 90 minutos, Isabel Craveiro, Margarida Sousa, Milene Fialho e Tomás Barroso dão vida a deuses, heróis e gente comum, com figurinos de Carlota Lagido e caracterização de Raquel Ralha. À sua volta, a banda sonora original de Victor Torpedo (The Parkinsons, Tédio Boys, Pop Kids, etc.) preenche a sala, enquanto a cenografia de Pedro Silva dança levemente com os vários vídeos de Dânia Viana.

A temporada em Coimbra faz-se de 6 a 23 de novembro, com sessões quartas e quintas, às 19h, sextas e sábados, às 21h30, e domingos, às 17h. Haverá ainda duas datas com interpretação em Língua Gestual Portuguesa (13 e 21 de novembro) e outras duas com Audiodescrição (19 e 23 de novembro). A temporada no AMAS – Auditório Municipal António Silva, em Agualva-Cacém, decorre de 27 de novembro a 6 de dezembro, com espetáculos às 21h de quinta a sábado.

O espetáculo surge num contínuo de atividade do Teatrão fortemente ligado às tensões sociais do presente, que são, para a companhia, o grande desafio da contemporaneidade. Ao mesmo tempo, ele marca o arranque de um novo ciclo a longo prazo, que se vai materializar, numa primeira instância, numa programação paralela com atividades que surgirão em parceria com o Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (CECH-FLUC) para debater temas vários que emanam do espetáculo. Neste âmbito, no dia 12 de novembro, por volta das 20h45 (logo depois de acabar o espetáculo marcado para as 19h), a OMT acolhe a professora Maria de Fátima Silva – docente catedrática jubilada da FLUC, na área dos Estudos Clássicos, e uma das grandes especialistas nacionais em teatro grego clássico – para uma conversa sobre esta adaptação destes dois clássicos do trágico Eurípedes.

Outra parceria de relevo no contexto destas atividades paralelas junta-nos com a Casa das Artes Bissaya Barreto (CABB) e a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) no dia 13 de novembro, às 22h, na cave da CABBpara escutar a banda sonora original do espetáculo que será editada digitalmente através do Bandcamp. Nesta listening party, Victor Torpedo (autor da música de cena) e Marco Antonio Rodrigues vão conversar sobre a criação sonora para o espetáculo, com moderação do jornalista Daniel Belo. Os participantes que estiverem presentes nesta conversa irão ainda auferir de um desconto de 50% no bilhete para “Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” até ao final da temporada na OMT. A inscrição é gratuita e deve ser feita através do formulário disponível em tinyurl.com/CABBdcjne

Mais à frente, mas ainda durante a temporada 2025/2026, este ciclo vai ser marcado por momentos de programação que incluem, por exemplo, “Entrelinhas” de Tiago Rodrigues e Tonan Quito ou “As Suplicantes”, nova criação de Sara Barros Leitão.

Os bilhetes para a temporada na OMT de “Dói-me o corpo de jazer nessa esperança” estão disponíveis para compra na OMT, postos Ticketline ou online.

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