A Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria acolheu a visita de um grupo de cinco alunos da Escola Profissional de Leiria (EPL), do 11.º ano do curso de Técnico de Manutenção Industrial-Mecatrónica, que pretendiam conhecer o projeto e a equipa de Formula Student do IPLeiria, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
A visita decorreu no âmbito da Prova de Aptidão Profissional (PAP) – um projeto prático e obrigatório que conclui os cursos profissionais –, em que os cinco alunos vão desenvolver um veículo de competição, inspirado nos carros da Leiria Academic Racing Team (LART), que tem vindo a afirmar-se como uma equipa de referência nos cenários nacional e internacional da Formula Student.
“Com esta visita pretendíamos adquirir mais conhecimentos do mundo automóvel e absorver o máximo de informação e dicas por parte da equipa de Formula Student do IPLeiria, que é uma referência para o nosso grupo. No nosso projeto vamos procurar simplificar o desenvolvimento do carro, mas manter a essência daquilo que é a Formula Student. Ficámos deslumbrados com todos os equipamentos que a ESTG tem e muito contentes com toda a experiência, sobretudo porque a equipa se mostrou disponível para nos ajudar ao longo de todo o processo. Sem dúvida que nos abriu muitos horizontes”, afirma Bernardo Lopes, aluno do curso de Técnico de Manutenção Industrial-Mecatrónica da EPL.
Para a diretora da EPL, Helena Brites, a visita à ESTG foi “muito enriquecedora” e proporcionou “novas oportunidades de colaboração”. “Sendo a PAP um momento de avaliação crucial para a conclusão dos cursos, no qual os alunos demonstram as competências adquiridas ao longo da formação, e tratando-se de um projeto relacionado com o setor automóvel, fazia todo o sentido proporcionarmos esta experiência aos alunos, que estão agora ainda mais motivados para o desenvolvimento do projeto.”
A visita foi também promovida no âmbito da criação de dois futuros centros tecnológicos, na área industrial e na área informática, que se encontram em fase de implementação, por parte da Escola Profissional de Leiria. Este projeto, resultante de um financiamento de 2,7 milhões de euros, decorreu de uma candidatura vencedora ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
“No contexto da execução e implementação destes centros tecnológicos, com previsão de conclusão até ao final do presente ano letivo, surge a necessidade de fortalecermos parcerias e estabelecermos um maior trabalho colaborativo com outras instituições, sobretudo com o Politécnico de Leiria, enquanto parceiro estratégico para ampliarmos a formação dos nossos jovens. Este contacto com o ensino superior permite aos alunos testemunharem outras realidades e terem acesso a outro tipo de experiências e conhecimentos, que serão muito enriquecedores e fundamentais para os seus percursos”, destaca a diretora da EPL.
Para Helena Brites, estas iniciativas permitem aos alunos da EPL estarem “ainda melhor preparados e capacitados para integrarem o mercado de trabalho”, sendo que, no caso dos alunos que pretendem prosseguir os estudos no ensino superior, “estão igualmente mais despertos para a oferta formativa existente, sobretudo no Politécnico de Leiria”.
No ano letivo 2025/2026, ingressaram no Instituto Politécnico de Leiria 11 alunos formados na Escola Profissional de Leiria.
“Estas visitas são uma oportunidade para estreitar laços entre instituições e, acima de tudo, para inspirar os jovens que estão a dar os primeiros passos no seu percurso técnico e científico. Acreditamos profundamente no poder do trabalho colaborativo entre escolas e ensino superior, porque é dessa partilha que nasce o conhecimento aplicado e transformador. Os estudantes que hoje visitam a ESTG são o futuro da região e do país, e muitos deles serão, certamente, os nossos futuros alunos. Ver o entusiasmo e a curiosidade com que chegam ao Politécnico de Leiria é a melhor prova de que o ensino superior e o ensino profissional podem caminhar lado a lado, contribuindo juntos para uma sociedade mais inovadora, qualificada e sustentável”, salienta Fernando Silva, subdiretor da ESTG.
Nas palavras de Fernando Silva, estas colaborações entre instituições vão também “muito além da partilha de conhecimento”, sendo igualmente “uma forma de fortalecer a região”. “Quando escolas, empresas e instituições de ensino superior trabalham em conjunto, criam-se sinergias que contribuem para o desenvolvimento económico, social e tecnológico do território. Este tipo de iniciativas é, portanto, um excelente exemplo de como o investimento no talento jovem se traduz num contributo direto para o futuro da região.”