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População e profissionais manifestam-se em defesa do Hospital dos Covões e do SNS de proximidade

Redação Central Press/
12/11/2025, 12h02
/
3 min
Hospital dos Covões ©Central Press
Hospital dos Covões ©Central Press

No próximo dia 14 de novembro, às 16h00, realiza-se uma manifestação em defesa do Hospital Geral dos Covões, com início na Ponte de Santa Clara e término junto à Câmara Municipal de Coimbra. A iniciativa pretende alertar para o progressivo desmantelamento dos serviços clínicos desta unidade hospitalar e reivindicar um Serviço Nacional de Saúde (SNS) de proximidade, acessível e de qualidade, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Organizada por movimentos de utentes e profissionais de saúde, a ação surge como resposta ao encerramento e reclassificação de serviços que, segundo os promotores, têm vindo a “esvaziar o Hospital dos Covões de competências e de profissionais”, desviando recursos e doentes para outras unidades, nomeadamente os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Ao longo dos últimos anos, denunciam, o Hospital tem sido “o alvo a abater” por parte de sucessivos responsáveis políticos e administrativos, que, de forma gradual, “fecharam especialidades e transferiram equipas médicas”, contribuindo para a perda de capacidade assistencial da instituição.

Um dos pontos mais contestados é a situação da urgência hospitalar, que deixou de receber doentes encaminhados pelo INEM e pela Saúde 24, após orientações dadas às corporações de bombeiros para que não transportassem doentes para aquele serviço.

Recentemente, a Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) anunciou a “requalificação” da urgência dos Covões em Centro de Atendimento Clínico (CAC) — decisão que, segundo os organizadores da manifestação, contradiz informações anteriormente transmitidas aos profissionais.

“Os profissionais foram confrontados com indicações contraditórias: num dia, o encerramento da urgência; no seguinte, a desclassificação do serviço e a obrigação de se apresentarem noutros locais de trabalho”, lamentam, apontando o desrespeito pelos trabalhadores e o impacto na continuidade dos cuidados.

Os promotores da manifestação questionam ainda as decisões que têm levado à centralização de serviços hospitalares, obrigando doentes a deslocarem-se para Cantanhede, Avelar ou Oliveira do Hospital, enquanto o Hospital dos Covões “dispõe das condições e experiência necessárias para tratar casos de verdadeira urgência”.

Apontam também a sobrecarga das urgências dos HUC, onde “o número de doentes muito urgentes (triagem laranja) ultrapassa o dobro da capacidade instalada”, como prova de que o encerramento e desvalorização dos Covões agravam o problema em vez de o resolver.

A manifestação de 14 de novembro pretende, assim, ser um grito coletivo em defesa do Hospital dos Covões e do SNS público. “Queremos um serviço de saúde próximo das pessoas, com profissionais valorizados e respostas adequadas às necessidades da população”, sublinham os organizadores.

A população, os utentes e os profissionais de saúde são apelados a participar, e os órgãos de comunicação social são convidados a acompanhar a iniciativa, que visa reafirmar o papel essencial do Hospital dos Covões na rede hospitalar de Coimbra e na defesa do SNS.

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