O Executivo Municipal de Alcanena e a Administração da empresa municipal Aquanena enviaram um ofício ao Conselho de Administração do banco onde expressam “profundo lamento, estupefação e veemente repúdio” pela decisão unilateral da instituição bancária de encerrar o balcão da vila a partir de 12 de dezembro de 2025, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
No documento, a Autarquia critica duramente a decisão, afirmando que o banco ignora “o legado histórico e a relação de confiança construída ao longo de sete décadas em nome de meros critérios de otimização operacional”. Para o Município, o encerramento revela “um total desinteresse e falta de sensibilidade” face ao esforço estratégico de desenvolvimento que tem vindo a ser concretizado desde 2021 e que envolve significativo investimento público e privado no concelho.
A autarquia alerta ainda para os efeitos negativos da medida sobre a população local, particularmente sobre os munícipes mais idosos e menos familiarizados com os serviços digitais, que perdem assim um serviço bancário de proximidade considerado fundamental.
Além disso, o Executivo sublinha que esta decisão “envia um sinal nefasto aos novos investidores e às novas famílias”, que procuram em Alcanena segurança, estabilidade e acesso a serviços essenciais de qualidade — fatores considerados cruciais para a fixação de população e empresas.
Face ao encerramento anunciado, o Executivo Municipal e a Administração da Aquanena informam que irão “solicitar formalmente o fecho de todas as contas” detidas no Banco Santander Totta até à data de encerramento do balcão.
A autarquia reforça que continuará a defender os interesses da população e que lamenta profundamente a decisão do banco, considerando-a contrária às necessidades e ao desenvolvimento do concelho de Alcanena.
