A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) informa que a candidatura “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro” foi aceite e inscrita na Lista do Património Cultural Imaterial que necessita de Salvaguarda Urgente da UNESCO, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
Após a decisão anunciada hoje, dia 9 de dezembro, em Nova Deli, durante a 20.ª Sessão do Comité Intergovernamental, em nome da delegação da Região de Aveiro presente, o presidente do Conselho Intermunicipal, Jorge Almeida, discursou sublinhando que, "a inscrição do Barco Moliceiro na UNESCO é um momento histórico para a Região de Aveiro e para Portugal. Representa o reconhecimento internacional de uma prática cultural profundamente enraizada na nossa paisagem e no nosso quotidiano. Este resultado reforça o compromisso de toda a região em garantir que este saber-fazer continua vivo e relevante para as gerações futuras".
Reforçando as primeiras palavras de reação oficial, o documentário “Barco Moliceiro Há quem diga que já nasces connosco” exibiu, perante as dezenas de delegações dos países representados, imagens da relação do homem com a natureza que inspirou a criação de uma embarcação única, cuja arte de carpintaria naval foi agora universalmente reconhecida.
Esta inscrição representa esse reconhecimento internacional do valor cultural e identitário do Barco Moliceiro e do saber-fazer associado à sua construção tradicional. É também o primeiro Património Cultural Imaterial da Humanidade na Região Centro.
Unindo 11 Municípios, o processo foi promovido pela CIRA e desenvolvido em colaboração estreita com mestres construtores, pintores, municípios da região, entidades culturais, educativas e operadores turísticos ligados à Ria. A preservação e valorização são as palavras-chave, que um já aprovado Plano de Salvaguarda irá futuramente operacionalizar face a esta nova e maior responsabilidade individual e coletiva, pública e privada.
