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Centro de Recursos para a Inclusão Digital celebra 19.º aniversário

Redação Central Press/
09/12/2025, 17h38
/
5 min
Selos de certificação @IPLeiria
Selos de certificação @IPLeiria

A celebrar 19 anos de atividade, marcados pelo pioneirismo na acessibilidade em Portugal e no mundo, através do desenvolvimento de projetos de referência internacional, o Centro de Recursos para a Inclusão Digital (CRID), da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Politécnico de Leiria, dá agora mais um passo ao criar e lançar três selos, que visam marcar a diferença na qualidade do que é produzido, funcionando como uma garantia tangível de acessibilidade, validação técnica e compromisso com a inclusão, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

O lançamento dos selos foi formalizado esta manhã, num momento que contou com a presença da presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, Sónia Esperto, com quem foi celebrado um protocolo de colaboração, para a promoção conjunta de ações e iniciativas promotoras de inclusão e acessibilidade cultural e comunicacional.

“A criação dos selos surge da necessidade de tornar visível e reconhecível o trabalho de acessibilidade que o CRID tem desenvolvido ao longo de quase duas décadas. Os três selos têm como objetivo diferenciar, qualificar e garantir a avaliação da acessibilidade dos materiais e espaços que venham a ser produzidos, valorizando a qualidade e a credibilidade do trabalho realizado”, explica Célia Sousa, coordenadora do CRID e docente da ESECS do IPLeiria.

Os três selos criados pelo CRID são: o Selo de Comunicação Acessível, que certifica os materiais, publicações e conteúdos que cumprem critérios de comunicação inclusiva, assegurando que a informação chega a todos os públicos; o Selo de Livro Multiformato, que garante que livros, folhetos e guiões cumprem padrões rigorosos de acessibilidade multiformato, tal como os modelos produzidos para museus, património cultural e itinerários religiosos; e o Selo de Espaço Cultural Acessível, que reconhece os espaços culturais, como museus, que oferecem condições efetivas de acessibilidade comunicacional para públicos diversos.

Desde 2006 que o CRID tem-se distinguido pela prestação de consultoria e desenvolvimento de projetos pioneiros a nível nacional e internacional, como o ‘Leiria de Todos + Acessível’, que levou a região para a vanguarda da inclusão ao adaptar monumentos e museus para múltiplos públicos com braille, relevo e pictogramas, o ‘Itinerário Jubilar’, com versões em braille e pictogramas, que recebeu uma carta de agradecimento do Papa Francisco, ou ainda projetos como o Guião Multiformato para o Espaço Litúrgico, permitindo que pessoas cegas, surdas e com incapacidade intelectual acedam plenamente à informação.

“Estes projetos mostraram que a acessibilidade cultural e comunicacional transforma a experiência dos públicos, influencia políticas públicas e inspira outras regiões do país. Assim, os selos surgem como uma forma de consolidar esta liderança, garantir qualidade técnica, estimular entidades e criadores a adotarem boas práticas, e facilitar o reconhecimento imediato do que é verdadeiramente acessível”, afirma a docente e coordenadora.

Num balanço dos 19 anos do CRID, que considera “extremamente positivos”, Célia Sousa orgulha-se de o centro se afirmar hoje como “uma referência nacional e internacional, produzindo conhecimento, ferramentas e projetos que impactam diretamente a vida de milhares de pessoas”. “A equipa cresceu, diversificou áreas de atuação e consolidou parcerias que ampliaram o alcance da inclusão, tornando a instituição num símbolo de inovação, compromisso social e rigor técnico.”

Sobre os momentos mais marcantes das perto de duas décadas de atividade, destaca a carta de agradecimento do Papa Francisco, pelo trabalho desenvolvido para o centenário das Aparições de Fátima, em 2017, a participação na Jornada Mundial da Juventude, em 2023, em que o CRID foi responsável pela comunicação em multiformato, e ainda a campanha ‘Mil Brinquedos, Mil Sorrisos’, que permitiu adaptar 5.000 brinquedos, entregues em países dos cinco continentes.

Num olhar para o ano de 2026, Célia Sousa considera que vai “marcar um salto significativo” no alcance do trabalho do CRID. “O lançamento dos selos permitirá atrair mais instituições, criadores e espaços interessados em garantir acessibilidade real, aumentando o impacto social e levando a que mais pessoas sejam beneficiadas. A acessibilidade serve a todos, mas para determinados grupos, como pessoas cegas, surdas, com deficiência intelectual, idosos, estrangeiros ou pessoas com baixa literacia, ela é fundamental. É o que garante autonomia, participação, compreensão e inclusão.”

“Com os selos, iniciamos uma nova fase: mais ampla, mais visível e ainda mais transformadora. Vamos também continuar o trabalho ao nível da edição de livros multiformato, tendo já em agenda o lançamento de um livro, no mês de janeiro, realizado para o Município de Castelo Branco, seguindo-se a edição e execução de mais dois livros com uma tiragem de mil exemplares”, avança Célia Sousa, assegurando ainda a intenção de reforçar o envolvimento em projetos internacionais, nomeadamente com algumas universidades do Brasil, como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Universidade de Caxias do Sul e a Universidade Federal Fluminense.

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