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CIM Viseu Dão Lafões apresentou novas iniciativas da Rota do Megalitismo

Redação Central Press/
10/12/2025, 12h49
/
6 min
Apresentação das novas iniciativas @CIM Viseu Dão Lafões
Apresentação das novas iniciativas @CIM Viseu Dão Lafões

A Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões apresentou ontem, dia 9 de dezembro, um novo conjunto de iniciativas que reforçam o papel da Rota do Megalitismo (MEG) enquanto eixo estratégico da valorização turística da região, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

A sessão, realizada na Biblioteca Municipal de Oliveira de Frades, juntou investigadores, autarcas e agentes locais numa mesa-redonda dedicada aos desafios da rota e em que foram apresentados os resultados de um estudo de perceção dos visitantes. O programa incluiu a inauguração de uma exposição itinerante, que vai circular no próximo ano pelos 15 municípios parceiros do projeto.

Na base deste trabalho está uma ideia clara: aproximar os habitantes e os visitantes da Rota do Megalitismo, um património com milhares de anos, que distingue Viseu Dão Lafões no panorama nacional e internacional. A região possui uma das mais relevantes concentrações de monumentos megalíticos de Portugal, incluindo o maior conjunto conhecido de dólmens com pinturas preservadas.

Ao longo dos últimos anos, a CIM Viseu Dão Lafões tem investido na investigação, qualificação da rede patrimonial e criação de melhores condições de visitação. As iniciativas agora lançadas dão continuidade a esse percurso e consolidam a Rota MEG como um dos projetos culturais mais singulares do território.

No âmbito da Rota do Megalitismo, encontra-se em curso o processo de classificação nacional do Conjunto de Monumentos Megalíticos do Grupo de Viseu Dão Lafões. O procedimento de classificação de âmbito nacional do Conjunto de Monumentos Megalíticos do Grupo de Viseu Dão Lafões permitirá que este conjunto de 18 monumentos megalíticos de Viseu Dão Lafões dê um passo importante na sua proteção e no seu reconhecimento oficial pelo Estado português. Esta é mais uma etapa no processo de valorização deste património da região, único no país, que tem sido desenvolvido pela CIM Viseu Dão Lafões.

Paralelamente, a rota integra a Megalithic Routes, rede internacional reconhecida pelo Conselho da Europa e dedicada à investigação, valorização e promoção do património megalítico europeu, que reúne museus, geoparques, investigadores e entidades turísticas de diversos países, incluindo Portugal, Espanha, Alemanha, Dinamarca, Inglaterra, Suécia, Turquia e Países Baixos.

A sessão abriu com a mesa-redonda “A Rota MEG como eixo de coesão territorial, educação patrimonial e recurso turístico”, moderada por Filipe Soares, Chefe de Equipa da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, e que contou com intervenções de João Valério, Presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, Nuno Martinho, Secretário Executivo da CIM Viseu Dão Lafões, António Faustino, Professor da Universidade do Algarve e arqueólogo, Pedro Sobral, arqueólogo e autor do “Guia MEG”, e Lana Gunjic, da Opium, entidade responsável pelo estudo de perceção. O debate destacou o contributo da Rota MEG para a valorização do património arqueológico da região e a importância de reforçar o conhecimento público sobre esta herança pré-histórica.

Na ocasião, foram apresentados os principais resultados do Estudo de Perceção da Rota do Megalitismo, que confirma um interesse crescente por este património.

Após o debate, foi inaugurada a Exposição Itinerante MEG, instalada até 4 de janeiro no Centro Interpretativo da Linha do Vouga (antiga estação de Oliveira de Frades). Concebida com o apoio científico do professor António Faustino, a exposição procura aproximar os residentes e visitantes das histórias, paisagens e descobertas associadas ao território megalítico. O seu carácter itinerante permitirá que, ao longo de 2026, circule pelos 15 municípios envolvidos – os 14 da CIM Viseu Dão Lafões e o município vizinho de Sever do Vouga – reforçando a presença da MEG no quotidiano das comunidades.

Para Marco Almeida, vice-presidente da CIM Viseu Dão Lafões, que marcou presença na inauguração da Exposição Itinerante, “a CIM tem, ao longo dos anos, mostrado que é possível valorizar o nosso território através da inovação, mas também da preservação do património. Esta exposição representa a história dos nossos concelhos e é através da cultura e da valorização do território que nos vamos tornar mais fortes, também no plano turístico”.

“Aqui foi realizado um trabalho extraordinário e que constitui uma marca poderosíssima do nosso território, na qual acreditamos. Foi criado um percurso circular que permite, a quem nos visita, conhecer e apreciar aquilo que de melhor o nosso território oferece. Este projeto é mais um complemento ao percurso que temos feito na valorização dos nossos produtos e do nosso património, e estamos certos de que dele retiraremos grande proveito em termos turísticos”, conclui o Vice-Presidente.

Nuno Martinho, secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, defendeu que “a Rota do Megalitismo está, passo a passo, a ganhar a maturidade necessária para se afirmar como um produto distintivo da nossa região. O estudo de perceção dos visitantes confirma que existe curiosidade, procura e vontade de conhecer mais. Cabe-nos agora criar condições para transformar esse interesse em visitas reais, experiências qualificadas e um sentimento de pertença mais forte. Estamos a trabalhar para que o megalitismo seja um património cultural e turístico capaz de mobilizar pessoas e dinamizar o território”.

“O percurso que hoje apresentámos é a continuação de um compromisso que temos vindo a assumir com o território. A exposição itinerante aproxima a rota das pessoas e o estudo dá-nos informação concreta sobre os caminhos a seguir. A promoção, a interpretação no terreno e a ligação entre património, natureza e comunidades continuam a ser prioridades. A diferença é que agora temos dados, aliados e vontade para avançar ainda mais”, acrescenta.

Segundo João Valério, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Frades, “o Megalitismo é um fator diferenciador do nosso território e um património que nos distingue. Todo o trabalho desenvolvido em torno da Rota do Megalitismo reforça essa singularidade, aproximando as nossas comunidades e visitantes de monumentos com milhares de anos de história. Em Oliveira de Frades temos orgulho em fazer parte desta rota e em contribuir para que o megalitismo continue a ser um ativo de referência e termos turísticos e culturais, capaz de dinamizar o território, criar oportunidades e reforçar o sentimento de pertença de todos os que aqui vivem e visitam”.

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