O Executivo da União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades manifestou satisfação pela decisão da Câmara Municipal de Coimbra de não avançar com a construção de mais habitação social no Planalto do Ingote, medida recentemente reafirmada pela presidente da autarquia, Ana Abrunhosa, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
Em comunicado, o Executivo sublinha que a decisão “demonstra sensibilidade e atenção” aos alertas que a freguesia tem vindo a transmitir ao longo dos últimos anos. Atualmente, o território concentra cerca de 60% da habitação social do concelho, situação que, segundo a União de Freguesias, gera saturação, fragiliza a coesão comunitária e aprofunda desigualdades sociais, comprometendo o equilíbrio territorial da cidade.
Apesar de reconhecer a existência de agregados familiares que necessitam de soluções habitacionais dignas, o Executivo reforça o pedido para que sejam reavaliadas as colocações dentro do próprio Planalto do Ingote, nomeadamente no Bairro da Rosa, onde residem famílias deslocadas de outras zonas de Coimbra, como a Baixa. A autarquia local considera que estas transferências têm criado cenários de “desenraizamento social”.
A União de Freguesias defende que Coimbra deve avançar para um novo paradigma habitacional, assente em três pilares:
- Habitação a custos controlados,
- Rendas verdadeiramente acessíveis,
- Distribuição equilibrada de soluções habitacionais por todo o concelho, evitando a repetição de estratégias concentracionistas “com décadas de consequências negativas”.
O Executivo reafirma ainda a total disponibilidade para colaborar com o município na revisão da Estratégia Local de Habitação, garantindo que continuará a defender os interesses da freguesia e a promover comunidades “socialmente equilibradas e sustentáveis”.
