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MUSP declara apoio à Greve Geral

Redação Central Press/
11/12/2025, 08h42
/
3 min
Manifestação @freepik
Manifestação @freepik

O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) anunciou esta semana o seu apoio “incondicional” à Greve Geral, alegando que o novo “Pacote Laboral” promovido pelo Governo está a aprofundar desequilíbrios nas relações de trabalho e a fragilizar os serviços públicos em Portugal, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Segundo o MUSP, as medidas previstas no pacote legislativo baixam o valor real dos salários, aumentam o número de horas de trabalho e limitam a capacidade de reivindicação dos trabalhadores através das suas estruturas sindicais. A organização acusa o Executivo de “colocar a faca e o queijo na mão das entidades patronais”, enfraquecendo a proteção laboral e agravando a precariedade.

O movimento denuncia ainda que o Estado está a “estrangular os serviços públicos” ao reduzir recursos humanos, desvalorizar o trabalho e criar condições que levam muitos dos profissionais mais qualificados a abandonar o serviço público e, por vezes, o próprio país.

No setor da saúde, os profissionais reivindicam melhores salários, condições mais atrativas e ambientes de trabalho dignos, medidas que — segundo o MUSP — beneficiariam diretamente os utentes ao reforçar a qualidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS). “Quando os trabalhadores lutam por melhores condições, estão também a defender um melhor SNS”, sublinha o movimento.

Também no setor da educação, professores e pessoal não docente reclamam carreiras valorizadas e condições que tornem a profissão mais apelativa, visando uma Escola Pública com mais turmas, menos alunos por sala e equipas mais qualificadas e disponíveis. Para o MUSP, estas reivindicações refletem a defesa de um sistema educativo mais eficaz para as crianças e jovens.

Os profissionais dos transportes alertam para o impacto das horas excessivas de trabalho e reivindicam a contratação de mais trabalhadores, com melhores condições, para garantir a segurança e a melhoria da oferta, incluindo o aumento do número de serviços disponíveis.

Setores como justiça, segurança social e administração local seguem o mesmo caminho. Segundo o MUSP, os trabalhadores destas áreas reclamam melhores carreiras, salários dignos e condições adequadas para assegurar serviços públicos eficientes e acessíveis à população.

Face a este cenário, o MUSP afirma que a adesão à Greve Geral é uma forma de defender os serviços públicos e o direito da população a serviços de qualidade. “Estamos com a Greve Geral porque estamos com os trabalhadores e com todos os que dependem de serviços públicos fortes e valorizados”, declara o movimento.

A Greve Geral está marcada para os próximos dias e deverá envolver trabalhadores de múltiplos setores, numa contestação nacional às políticas laborais em curso.

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