Duas empresas incubadas no Instituto Pedro Nunes, a Neuraspace e a Connect Robotics, foram selecionadas esta quarta-feira para integrar a rede NATO DIANA (Defence Innovation Accelerator for the North Atlantic), de acordo com o comunicado enviado à Central Press.
As duas empresas portuguesas irão agora adaptar as suas tecnologias de uso civil para responder a desafios de defesa, nomeadamente a segurança de ativos no espaço e a logística autónoma em cenários complexos.
A Neuraspace utiliza Inteligência Artificial para combater o lixo espacial. A sua plataforma de gestão de tráfego espacial (STM) prevê e evita colisões entre satélites e detritos espaciais com uma precisão superior à dos sistemas tradicionais. No âmbito da participação neste programa de aceleração, a Neuraspace pretende atuar na área de segurança e resiliência dos satélites que suportam comunicações, GPS e vigilância, protegendo infraestruturas críticas contra colisões acidentais ou hostis.
A Connect Robotics especializou-se em sistemas de entrega por drones autónomos, operando Além da Linha de Vista Visual (BVLOS), capazes de realizar entregas de precisão em áreas remotas ou de difícil acesso, reduzindo a necessidade de intervenção humana. No programa da NATO, vão acelerar o transporte rápido e seguro.
Ao entrarem nesta aceleradora, a Neuraspace e a Connect Robotics recebem 100.000€ a fundo perdido para desenvolvimento inicial, acesso a uma rede de mais de 180 centros de teste da NATO para validar a tecnologia em ambientes operacionais reais e a possibilidade de concorrer a um financiamento adicional de até 300.000€ na Fase II.
