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CCDR NORTE celebra 24.º aniversário do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial

Redação Central Press/
15/12/2025, 13h26
/
4 min
24.º aniversário do Alto Douro Vinhateiro @CCDR Norte
24.º aniversário do Alto Douro Vinhateiro @CCDR Norte

O Teatro Ribeiro Conceição, em Lamego, esteve completamente cheio, ontem, para assinalar as comemorações do 24.º aniversário da inscrição do Alto Douro Vinhateiro na lista do Património Mundial da UNESCO. A CCDR NORTE promoveu o espetáculo “Douro, Património de Diversidades”, uma criação artística que reuniu cerca de duzentos estudantes durienses, com idades entre os 10 e os 18 anos, para dar vida aos bens identitários dos seus concelhos através da dança, música, leituras declamadas e reinterpretação de rituais, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

“Celebrar o Alto Douro Vinhateiro é iluminar a tenacidade das suas gentes e reforçar, junto das novas gerações, o orgulho de viver num território que é Património da Humanidade. Queremos que todos compreendam que o Douro não é apenas um lugar: é forma de ser, é cultura que se reinventa, é território que pulsa vida e que nos desafia a sonhar mais alto. Hoje, os protagonistas foram os jovens, que mostraram que nascer no Douro é um privilégio, é uma identidade, é uma herança que se leva para qualquer latitude”, afirmou António Cunha, presidente da CCDR NORTE.

O espetáculo resultou de um trabalho colaborativo com os 19 municípios durienses, envolvendo professores embaixadores e diretores escolares, com coordenação artística de Fábio Timor e Filipe Marado. Cada município trouxe para o palco um elemento identitário: de Alijó, o legado do poeta António Cabral; de Armamar, a paisagem cultural do Douro Vinhateiro; de Carrazeda de Ansiães, o ritual do Pai da Fartura; de Freixo de Espada à Cinta, a seda; de Lamego, os marcos pombalinos; de Mesão Frio, as castanhetas de Barqueiros; de Moimenta da Beira, o património do Demo; de Murça, a Porca de Murça; de Penedono, a junça; de Peso da Régua, os rebuçados; de Sabrosa, a memória de Miguel Torga; de São João da Pesqueira, o foral; de Santa Marta de Penaguião, a trouxa; de Sernancelhe, o Padre João Rodrigues; de Tabuaço, o Mosteiro de São Pedro das Águias; de Tarouca, a Ordem de Cister; de Torre de Moncorvo, o cancioneiro popular; de Vila Nova de Foz Côa, as gravuras rupestres do Vale do Côa; e de Vila Real, o barro preto de Bisalhães.

Para Célia Ramos, vice-presidente da CCDR NORTE, “esta iniciativa dá, literalmente, voz e palco à nova geração, que afirma algo maior, algo que herdaram dos seus pais e avós, que é deles, que é do Douro, que é nosso.”

No encerramento da sessão, António Fontaínhas Fernandes, presidente da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, deixou uma mensagem de celebração: “Hoje é dia de festa. O Douro é muito mais do que um rio: é um elo vivo que une quatro patrimónios mundiais e que transporta a nossa história comum. Celebrar os 24 anos do Alto Douro Vinhateiro como Património Mundial é também afirmar o futuro deste território, que passa inevitavelmente pelos professores, pela educação e pelas novas gerações, guardiãs deste património único”.

A distinção UNESCO atribuída em 2001 ao Alto Douro Vinhateiro reconheceu uma paisagem cultural viva e evolutiva, marcada por séculos de trabalho humano que moldaram as encostas íngremes, os socalcos, os muros de xisto e as quintas históricas. O Alto Douro Vinhateiro é um testemunho único da tradição vitivinícola que remonta à época romana e que se consolidou com a produção do mundialmente famoso Vinho do Porto. Mas não é um reconhecimento meramente histórico; é uma herança viva, cultivada por mãos que moldam o terreno, por almas que mantêm vivo o espírito da região e por políticas que o protegem no presente e projetam-no no futuro, reforçando o Alto Douro como paisagem de excelência, símbolo da cultura viva e motor do desenvolvimento sustentável.

Este momento evocou também os 20 anos da Convenção da UNESCO sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais, um marco que sublinha a importância da diversidade como força e riqueza para o futuro. Ao associar-se a esta celebração, o Alto Douro Vinhateiro reafirma o seu compromisso com a preservação e promoção das expressões culturais, envolvendo as novas gerações na construção de uma identidade plural e dinâmica.

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