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Declarações do ministro da Educação sobre residências universitárias geram críticas

Redação Central Press/
17/12/2025, 10h10
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2 min
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre (ao centro) @Diana Quintela
O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre (ao centro) @Diana Quintela

As recentes declarações do ministro da Educação, Fernando Alexandre, sobre o estado das residências universitárias estão a suscitar críticas, por serem consideradas socialmente discriminatórias e politicamente inadequadas, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Numa intervenção pública, o governante afirmou que serviços públicos tendem a deteriorar-se quando são maioritariamente utilizados por pessoas de “rendimentos mais baixos”, referindo explicitamente hospitais, escolas públicas e residências universitárias. A associação entre a degradação das infraestruturas e a condição socioeconómica dos seus utilizadores foi alvo de forte contestação, por parte também da FENPROF.

A FENPROF considera que a afirmação traduz um preconceito social, ao associar estudantes economicamente vulneráveis à degradação dos espaços públicos que utilizam. Sublinhando que as residências universitárias são infraestruturas públicas, recordam que a sua manutenção e conservação são da responsabilidade do Estado e das entidades gestoras, e não dos estudantes que nelas residem.

É ainda apontado no comunicado que este tipo de discurso colide com o princípio da democratização do acesso ao ensino superior, uma vez que as residências universitárias existem precisamente para apoiar estudantes com menos recursos económicos. Nesse sentido, a crítica centra-se na ideia de que associar pobreza a degradação transmite uma mensagem negativa sobre o papel e os direitos desses estudantes.

As declarações são também enquadradas num contexto mais amplo de posições e propostas recentes atribuídas ao ministro e ao Governo, incluindo intervenções públicas controversas e medidas como o descongelamento das propinas no ensino superior, que têm alimentado acusações de uma visão elitista do sistema educativo.

Perante a polémica, é defendido por alguns setores que o ministro deveria clarificar as suas palavras e assumir uma posição pública em defesa do reforço da ação social no ensino superior, do investimento em residências universitárias e do combate às desigualdades estruturais, de forma a preservar a confiança dos estudantes nas instituições públicas.

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