O orçamento da Câmara Municipal de Castelo Branco para 2026, no valor de 81 milhões de euros, mais um milhão do que em 2025, foi aprovado em reunião extraordinária privada realizada no dia 18 de dezembro. O documento contou com três votos a favor do Partido Socialista e quatro abstenções dos vereadores do Sempre Por Todos e da Iniciativa Liberal, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

Elaborado após as Eleições Autárquicas de 2025, o orçamento segue uma linha de continuidade das políticas municipais, integrando novas prioridades ligadas à transparência, modernização administrativa, apoio ao comércio, empreendedorismo e transição energética. Todos os partidos com assento na Assembleia Municipal foram convidados a apresentar propostas, tendo sido incluídas algumas sugestões, à exceção do Chega, que não participou na reunião.

A maior fatia do orçamento é destinada às funções gerais da autarquia (34,34%), seguindo-se as obras, equipamentos e infraestruturas (28,79%) e a área da educação, juventude e desporto (14,06%). Estão também previstas verbas para proteção civil e ambiente, ação social, turismo e cultura, bem como mobilidade e transportes.

O investimento social mantém-se como uma prioridade, com a continuidade do apoio às refeições escolares no pré-escolar e 1.º ciclo, comparticipação de medicamentos, apoio aos bombeiros voluntários e programas de habitação e inclusão social. Em 2026, o município irá devolver 4,25% do IRS municipal aos contribuintes e manter a taxa mínima de IMI nos 0,3%.

Na educação, o orçamento prevê investimentos na melhoria das escolas, atividades de enriquecimento curricular e apoio logístico às freguesias. Está também previsto o reforço do apoio ao empreendedorismo e ao desenvolvimento económico, através da atração de investimento e da consolidação de programas municipais de apoio às empresas.

A área da cultura e do turismo mantém uma programação regular, com apoio ao associativismo cultural, museus e eventos, enquanto a segurança e proteção civil incluem investimentos em videovigilância e na prevenção de incêndios.

No ambiente, o orçamento contempla ações de eficiência energética, instalação de painéis solares em edifícios municipais, qualificação de espaços verdes e medidas de adaptação às alterações climáticas.

Entre as principais obras previstas ou em curso destacam-se a construção de creches, a reabilitação de edifícios para habitação acessível, saúde e ensino, a criação de novos equipamentos desportivos e sociais, bem como a requalificação de estradas municipais e infraestruturas afetadas pelos incêndios de 2025.