O derrube da ditadura permitiu a libertação dos presos políticos e 50 anos depois do 25 de Abril, reabriu o Museu Nacional Resistência e Liberdade inaugurado pelo Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa.
A Fortaleza de Peniche funcionou como prisão política durante a ditadura e dias depois do 25 de Abril de 1974, os presos políticos ali detidos foram libertados.
Aquela que outrora foi uma fortaleza foi ontem, dia 27 de abril, inaugurada oficialmente como Museu Nacional da Resistência e da Liberdade.
A sessão solene teve a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o Presidente da Câmara Municipal de Peniche, Henrique Bertino, da Ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, da Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, do Presidente da Assembleia Municipal de Peniche, Joaquim Raúl Farto, dos Membros do Comité Executivo, Fernando Rosas e Domingos Abrantes, da URAP e URAP Peniche, entre outros convidados.
“A ditadura é diferente da democracia” e “é importante que hoje e no futuro se perceba isso”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, durante a inauguração do museu, sulinhando também que “não podemos deixar cair ou prescrever essa memória com o passar dos anos”.
O presidente enfatizou que “infelizmente temos poucos monumentos que mostram que a ditadura existiu, mas aqui sem dúvida se percebeu que havia um símbolo único do que foi Portugal durante 48 anos”.
Muitos foram aqueles que viram a sua liberdade privada e que estiveram enclausurados entre as suas paredes.
Domingos Abrantes foi um deles - esteve preso durante 10 anos, em Peniche.
O agora membro da comissão criada para o museu lembrou que o país esteve “quase meio século à espera” deste museu.
De Fortaleza para Museu (clique aqui para ler mais)