Depois de em março a Seed by Seed e a AG-Transformer se terem instalado no IPG, a partir de 23 de setembro será a vez da Solo. Esta start-up irá desenvolver na Guarda uma plataforma para fazer o “match” de estudantes e profissionais com, por um lado, propostas de emprego em todo o mundo, e, por outro lado, com ofertas formativas globais. “Investigadores e estudantes do Politécnico da Guarda irão participar neste desafio”, afirma Joaquim Brigas, presidente do IPG, de acordo com o comunicado enviado à Central Press. A partir de 23 de setembro, será a terceira tecnológica com capital dos Estados Unidos da América a instalar-se em 2024 na Incubadora de Empresas Desnuclearizada do Instituto Politécnico da Guarda – IPG: a “Solo” vai desenvolver na Guarda uma plataforma digital interativa que irá fazer corresponder as competências creditadas de estudantes e de trabalhadores de todo o mundo aos perfis profissionais que estejam a ser procurados em cada momento por empresas e instituições do mercado global. A Solo é uma empresa lançada pelo investidor norte-americano Sudesh Sangelkar, fundador e CEO da SPARK+ Technologies, a qual oferece soluções baseadas em tecnologia Blockchain aos mercados dos Estados Unidos e da Ásia. A Solo irá desenvolver um sistema inovador para registar certificações e credenciação de aprendizagens e de competências, contando com um mecanismo de “match-making” que irá ligar o perfil dos utilizadores da plataforma, quer a oportunidades de emprego, quer a ofertas de formação que os tornem mais competitivos nos mercados de trabalho das respetivas áreas. “A forma como a Solo está a desenvolver a sua plataforma tem potencial para revolucionar a forma como alunos e trabalhadores de todo o mundo poderão abordar os seus estudos e a formação ao longo da vida”, afirma Joaquim Brigas, presidente do Politécnico da Guarda. Segundo Joaquim Brigas, está previsto no acordo entre a Incubadora de Empresas Desnuclearizada do IPG e a Solo que, uma vez desenvolvidos os dispositivos tecnológicos necessários ao funcionamento da plataforma, seja implementado um projeto-piloto no Politécnico da Guarda, o qual terá a duração de um ano letivo. “Concluída a fase de testes, e realizados os ajustamentos e melhorias que sejam necessários, a empresa passará então a promover a adoção da sua plataforma ao nível global e irá explorar o desenvolvimento e incorporação de novas valências”, afirma o presidente do IPG. “Em qualquer destas fases, a solo contará com a colaboração de investigadores e de estudantes do Politécnico da Guarda”. Primeiro foi a “Seed by Seed”, uma startup investida pelo empresário Michael Racki do Arizona, Estados Unidos, que se instalou no IPG nos primeiros dias de março deste ano: a Seed by Seed está a criar uma plataforma digital colaborativa para facilitar o acesso a microcrédito, quer a trabalhadores independentes, quer a empresas de pequena dimensão ligadas a setores tradicionais para criarem e expandirem os seus negócios. Seguiu-se, ainda em março, a “AG-Transformer”, outra startup que está a aplicar tecnologias digitais avançadas à agricultura para possibilitar o acesso de agricultores a informação sobre métodos de produção mais eficientes, ecológicos e sustentáveis. A empreendedora responsável pela AG-Transformer é Dixie O´Donnell, profissional da área das tecnologias digitais que exerceu funções na Google e que conta na sua experiência profissional com passagens pela NATO e pela ONU. Em qualquer dos casos, os investimentos resultam do acordo estabelecido em 2023 entre o Politécnico da Guarda e Empowered Startups, empresa que tem atraído para esta unidade ensino superior na Guarda startups financiadas por investidores estrangeiros. Até ao final do ano, está prevista a chegada de “pelo menos” mais duas start-ups de investidores estrangeiros ao abrigo do protocolo com a Empowered Startups. “A forma como o IPG concebeu a sua incubadora desnuclearizada está a revelar-se muito apta para atrair, não só ideias com alto potencial, mas também investimento estrangeiro muito qualificado e talento empreendedor para esta região do interior”, afirma Joaquim Brigas. “Com este contributo palpável para um sistema empreendedor local cada vez mais expressivo, o Politécnico da Guarda reforça o seu papel de dinamizador económico e social de toda a região”. O IPG é também um dos promotores do Mêda Invest, lançado no final de junho. Este centro criado no município da Mêda vai apoiar investidores locais na instalação de empresas e proporcionar oportunidades de formação e desenvolvimento profissional à população ativa local, elevando a sua qualificação e proporcionando-lhes novas oportunidades. O Politécnico da Guarda participa nesta nova estrutura empresarial da Mêda prestando serviços, transferindo tecnologia, apoiando projetos de reconversão económica e industrial e participando em projetos de investigação.