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Coimbra pode receber doação de documentação sobre património de António Paúl


Exposição “Doação de Livros de António Paulo Paúl” no átrio da Câmara ©CMC

O executivo vai deliberar na reunião de câmara de amanhã, dia 19 de agosto, uma proposta de aceitação da doação ao município do espólio de António Paulo Paúl, composto por livros, livros policopiados, panfletos, revistas e fotocópias, que abarcam várias temáticas, sobretudo na área da arqueologia e do património, referentes principalmente à região de Coimbra e à zona Centro.

Importa recordar que, desde 18 de abril, no átrio dos Paços do Concelho, está patente a exposição “Doação de Livros de António Paulo Paúl”, composta por parte do acervo doado à CM pelos herdeiros de António Paúl.

A proposta a votação, de acordo com o município,  justifica o interesse da aceitação da doação pelo seu “inegável valor histórico e documental”. Do espólio foi elaborada uma lista com 291 itens, cujo valor foi calculado em mais de dois mil euros, de acordo com uma estimativa com base na investigação online de sites relacionados com os elementos em apreço, particularmente as obras impressas.

Após o falecimento de António Paulo Paúl, em 2013, e mais tarde da sua esposa, o seu herdeiro e sobrinho Luís Araújo, sabendo do seu amor pelo património e do vínculo de amizade ao anterior Gabinete de Arqueologia, Arte e História da CM de Coimbra, resolveu doar em nome do tio, a vasta coleção de livros/panfletos, tal como explica a informação dos serviços.

António Paúl nasceu a 12 de agosto de 1929, em Santa Cruz, Coimbra. Os primeiros anos de vida foram passados em Vila Fernando, próximo de Elvas, onde o pai trabalhava como ajudante na Escola Penal do Alentejo. Foi, talvez, por terras alentejanas que iniciou a sua paixão pelo património e sobretudo pela arqueologia. Posteriormente, já em Coimbra, viveu durante muitos anos, nas proximidades na Igreja de Santa Justa, monumento pelo qual tinha uma elevada estima, lutando sempre, dentro das suas possibilidades, para que mantivesse toda a sua dignidade e fosse reconhecido pela riqueza patrimonial. Foi nessa sequência que surgiu uma maior ligação à autarquia de Coimbra, nomeadamente à equipado Gabinete de Arqueologia, pois foi interveniente ativo para um registo fotográfico cuidadoso do seu espólio.

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