Sabia que a maioria das pessoas não conhece o verdadeiro tamanho do seu próprio país? Vamos mostrar como pode descobrir as dimensões reais de cada nação em comparação com o resto do mundo e explicar por que muitas vezes temos uma visão distorcida dessa realidade.
O mapa de Mercator, criado em 1569 pelo cartógrafo flamengo Gerardus Mercator, é um dos mais utilizados até hoje. A sua importância histórica reside no fato de facilitar a navegação marítima, mantendo as linhas de rumo retas. No entanto, essa projeção distorce o tamanho dos países, especialmente aqueles próximos aos polos, ampliando-os de forma significativa.
Portugal, com uma área de aproximadamente 92.000 km², parece menor em comparação a muitos países no mapa de Mercator, mas na realidade, a diferença pode não ser tão grande. Já o Brasil, que ocupa 8,5 milhões de km², aparece enorme na projeção, mas é ainda maior do que a imagem sugere, sendo cerca de 92 vezes maior que Portugal.
Angola, outro país-irmão de Portugal, também é afetado por essa distorção. Embora pareça menor do que realmente é, com uma área de cerca de 1,2 milhões de km², Angola é quase 14 vezes maior que Portugal em termos de área real. Estas diferenças tornam-se evidentes ao usar ferramentas como o site "The True Size", que permite comparar de forma interativa as verdadeiras dimensões dos países.
Essas distorções influenciam não apenas a educação, mas também a geopolítica e a percepção cultural. Muitas vezes, subestimamos a grandeza territorial de países africanos ou sul-americanos, reforçando percepções erradas sobre sua importância global.
Historicamente, na Europa, a percepção do tamanho dos países do hemisfério sul, como os sul-americanos, africanos e até mesmo a enorme Austrália, sempre foi distorcida. Isso contribuiu para uma visão eurocêntrica do mundo, em que o poder e a importância eram erroneamente associados ao tamanho reduzido desses territórios no mapa. Compreender essas distorções e usar ferramentas como "The True Size" (clique aqui) é crucial para corrigir essas percepções e promover uma visão mais justa e precisa do nosso planeta.