A Unidade de Controlo Costeiro e Fronteiras (UCCF) da GNR comemorou esta semana, na Figueira da Foz, o seu 16º. aniversário com um programa de atividades diversificado.
Na segunda e terça-feira, dias 28 e 29 de outubro, realizaram-se demonstrações de meios e atividades na praça Europa Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho, na Marina Engenheiro António Duarte Silva e no cais comercial, onde esteve atracada a lancha Bojador. Estas iniciativas tiveram como público-alvo as crianças do primeiro ciclo do ensino básico do concelho. Cerca de um milhar, na sua maioria do Agrupamento de Escolas da Zona Urbana, participaram na iniciativa.
No Museu Municipal Santos Rocha encontra-se patente, até dia 2 de novembro, a exposição de fotografia «A UCFF nas 4 estações», da autoria de José Carlos Correia.
Na tarde do dia 29 de outubro realizou-se, no Auditório Madalena Biscaia Perdigão, o seminário «A imigração em Portugal - Integração e segurança» que contou com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, o qual defendeu que “ Portugal deve manter-se como um país acolhedor” mas que, contudo, “devemos assegurar mecanismos de controlo e acompanhamento de quem transpõe as nossas fonteiras, além de regras bem claras e definidas sobre quem está ou não autorizado a residir ou a permanecer no nosso país”.
O seminário contou com a intervenção do major-general Jorge Ludovico Bolas, comandante UCCF da GNR e de António Vitorino, presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo que salientou o papel das crianças migrantes como “instrumento fundamental de integração” e a necessidade de se encontrar um ponto de equilíbrio entre a admissão e a integração de migrantes através de um sistema de “controlo das fronteiras integro e eficaz”.
A iniciativa contou ainda com um painel moderado por Diogo Feio e que teve como oradores Ana Sofia Barros, do Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (UNHCR, the UN Refugee Agency); Carlos Simão, diretor geral de Recursos Naturais Segurança e Serviços Marítimos; Olga Brás, vereadora da Câmara Municipal com os pelouros da Ação Social, Educação e Saúde; coronel Marco Cruz, comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras.
A encerrar o programa comemorativo, realizou-se na tarde de ontem, na praça Europa Manuel Alfredo Aguiar de Carvalho, uma cerimónia militar presidida pelo comandante-Geral da GNR, o tenente-general Rui Alberto Ribeiro Veloso que, na sua intervenção, advogou que a “GNR é a verdadeira guarda costeira nacional”, frisou o “decisivo papel da GNR” para que o país seja um espaço de liberdade e lembrou que o passado está marcado pela exigência, mas que o presente o futuro também.
Rui Alberto Veloso salientou que a Guarda “repudia o racismo, a xenofobia e qualquer forma de discriminação” e que “trabalha todos os dias” para ser mais “humana e de confiança”.
O major-general Jorge Ludovico Bolas, comandante UCCF da GNR, salientou que a Unidade após ter recuperado o controlo das fronteiras está “mais forte, mais organizada e mais preparada”, “mais confiante e determinada para responder aos desafios contemporâneos”.
Após as intervenções seguiu-se a imposição de condecorações a vários elementos da GNR e a homenagem aos mortos.
Já no final da cerimónia, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o presidente da Câmara Municipal recebeu a comitiva da GNR, para um momento de agradecimento e entrega de lembranças, no qual Jorge Bolas voltou a agradecer a forma como Pedro Santana Lopes se empenhou pessoalmente e os seus colaboradores para a realização das comemorações na Figueira da Foz, o que permitiu à UCCF “estar mais próxima dos figueirenses, chegar às pessoas, às crianças”.
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