O Pintar e Cantar dos Reis é uma tradição do concelho de Alenquer. O evento tem lugar a 5 de janeiro de 2025, às 21h30, na Praça Luís de Camões, junto aos Paços do Concelho, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.
O roteiro turístico noturno carece de inscrição obrigatória gratuita e que acontece a partir deste endereço. Nesta iniciativa promovida pelo Município, a viagem entre lugares com tradição será realizada de autocarro.
Numa das noites mais frias do ano, os reiseiros, ou seja, o grupo de pessoas que propaga a tradição, junta-se num lugar de referência para um momento solene. Parte do grupo segue na frente para pintar muros e fachadas de casas previamente definidos, com qualquer dos desenhos elaborados a ter um significado concreto seja pelo género, pelo estado civil, pelo número de filhos, pela profissão ou pela localidade de onde são originários. O restante grupo, mais atrás, liderado por um apontador, 'canta os reis' junto à casa em questão, com o silêncio a pautar toda a mecânica do ritual.
Grupos participantes nas seguintes localidades:
Abrigada
Bairro
Cabanas de Chão
Cabanas de Torres
Casal Monteiro
Catém
Espiçandeira
Labrugeira
Mata
Olhalvo
Ota
Paúla
Penafirme da Mata
Pocariça
A manifestação cultural que se propaga pela madrugada de 6 de janeiro, o Dia de Reis, encerra a programação do 'Alenquer Presépio de Portugal'. Antes, no Parque Vaz Monteiro, um grupo de reiseiros reunir-se-á no dia 5 de janeiro para encenar a tradição de horas depois com a pintura de um mural no centro da vila de Alenquer. Janeiro é também o mês de os mais novos tomarem contacto com esta expressão cultural cada vez mais rejuvenescida. Os alunos do 1º e 2º ciclos do ensino básico, assim como do jardim de infância do concelho, tomam contacto com o Pintar e Cantar dos Reis de forma lúdica e divertida.
Desde 16 de julho de 2021 que o Pintar e Cantar dos Reis está inscrito como Património Cultural Nacional Imaterial por parte da Direção-Geral do Património Cultural, reforçando a salvaguarda de uma tradição secular que faz parte da memória coletiva da população, em particular do alto concelho e do sopé da Serra de Montejunto.