A empreitada de substituição do revestimento em fibrocimento da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do Instituto Politécnico de Leiria (IPLeiria) vai transformar a Escola num “espaço moderno, adaptado às atuais necessidades, disponibilizando maior conforto para todos os seus utilizadores”, afirmou hoje o presidente da instituição, Carlos Rabadão, durante a cerimónia de consignação da obra, em Leiria. A intervenção, com uma duração prevista de quatro meses, representa um investimento de cerca de três milhões de euros, financiados através do Fundo de Reabilitação e Conservação Patrimonial, e ainda de receitas próprias do Politécnico de Leiria, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.
A obra incide em todo o Edifício A, construído na década de 80, que apresenta hoje “várias fragilidades”. “O revestimento é integralmente composto por chapas de fibrocimento que contêm partículas de amianto, ao passo que os vãos envidraçados possuem janelas e portas de alumínio com vidro simples, sendo completamente ineficientes do ponto de vista energético e acústico. Nos últimos anos, o edifício tem vindo a revelar vários problemas de deterioração, pelo que, apesar da manutenção realizada, era urgente e inadiável efetuar esta intervenção”, salientou Carlos Rabadão, destacando que o arranque do ano letivo 2025/2026 decorrerá já com as instalações totalmente renovadas.
A intervenção compreende a retirada do amianto e substituição integral do revestimento, quer da cobertura, quer das fachadas, e de todos os vãos envidraçados, numa área total de 7.700 metros quadrados. Estão ainda previstos trabalhos de melhoria em infraestruturas existentes, nomeadamente nos sistemas de drenagem de águas pluviais, contribuindo para uma maior eficiência energética do edifício, além do reforço da segurança.
A nova solução arquitetónica a ser implementada tem em consideração o cariz do edifício, ligado à educação, formação, conhecimento, investigação e inovação, assentando no conceito de “teia do conhecimento”.
“Materializada por uma malha metálica distendida, esta teia unirá os vários volumes que compõem o edifício, dando uma sensação de movimento e oferecendo uma nova e moderna identidade ao edifício existente. O edifício irá também destacar-se pelo sistema de iluminação, composto por fitas LED em tons de azul, revelando, durante a noite, uma dinâmica e uma vida própria, transmitindo que este é efetivamente um lugar ‘vivo’”, destacou o presidente do Politécnico de Leiria.
Carlos Rabadão mencionou ainda que, no que respeita à nova ESECS, a instituição aguarda a autorização final por parte da tutela para poder avançar com a empreitada de construção da nova Escola, que será edificada num lote de terreno da Prisão-Escola, ficando próxima do Campus 2, junto à Escola Superior de Tecnologia e Gestão e à Escola Superior de Saúde de Leiria.
“A construção da nova ESECS revela-se um passo muito importante e estratégico para o Politécnico de Leiria, permitindo o crescimento e expansão desta Escola. Pretende-se proporcionar melhores condições para o funcionamento dos atuais cursos e potenciar a criação de nova oferta formativa, assim como promover processos de ensino-aprendizagem inovadores, nomeadamente através da instalação de laboratórios especializados. Queremos ainda proporcionar melhores condições às unidades de investigação, designadamente nas áreas de intervenção da ESECS, bem como incrementar a prestação de serviços à comunidade ao nível da investigação, desenvolvimento e inovação”, concluiu.
Por sua vez, o diretor da ESECS defendeu que a obra de substituição do revestimento em fibrocimento do Edifício A trata-se de uma “intervenção fundamental”, que permite “modernizar a segurança do edifício e modernizar as condições de todos os que aqui estão diariamente”.
“A ESECS tem-se afirmado como um centro de excelência na formação e investigação, e na extensão à comunidade. Ao longo dos anos temos procurado criar as melhores condições para os nossos estudantes e colaboradores, garantindo um ambiente propício ao ensino, aprendizagem e inovação. Esta intervenção vai muito além da simples substituição do revestimento. Representa um compromisso com a sustentabilidade, a eficiência energética e a segurança da nossa comunidade académica”, afirmou Pedro Morouço.
Também o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, salientou que a consiganção da empreitada de melhoria da Escola é um “momento importante” para a instituição e para a cidade, ao passo que a construção da futura ESECS representará uma “nova etapa do Politécnico de Leiria”, já que “vai aproximar-se das restantes Escolas, ficando a abertura para um novo campus universitário”.