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Cisterna do Castelo acolhe exposição com mais de mil peças de 10 países criadas em suporte têxtil ou multimatéria

Redação Central Press/
05/05/2025, 17h14
/
4 min
Peças da exposição @IPL
Peças da exposição @IPL

O Instituto Politécnico de Leiria e a Câmara Municipal de Leiria inauguram amanhã, 6 de maio, pelas 16h30, na Cisterna do Castelo de Leiria, a exposição internacional "Cisterna — Ritmos e Arritmias da Poética Têxtil", composta por mais de 1.000 peças criadas em suporte têxtil ou multimatéria, no formato 10x10 cm, da autoria de estudantes do ensino superior, alunos do ensino básico, utentes de associações e instituições sociais, entre outros grupos, oriundos de 10 países. A mostra, que visa valorizar o potencial dos têxteis como suporte para a expressão cultural e social, fica patente em Leiria até 6 de julho, de acordo com nota de imprensa enviada à Central Press.

A exposição insere-se no projeto de investigação "Programação e intervenção social pelas artes no ensino superior: ensaios interdiscursivos" (PIAES), com epicentro em Leiria e numa parceria entre os institutos politécnicos de Leiria, de Bragança e de Viseu, que tem como âncora o projeto internacional "Cartografias Têxteis", da Associação de Professores de Expressão e Comunicação Visual (APECV) e do grupo de investigação GriArCE (2021), que articula práticas artísticas, investigação participativa e processos colaborativos para explorar memórias, identidades e narrativas comunitárias por meio do têxtil.

As mais de 1.000 peças expostas em Leiria, oriundas de vários pontos do mundo, foram criadas no âmbito do projeto ‘Cartografias Têxteis’ e do PIAES, nomeadamente em workshops de cocriação realizados em Portugal, entre setembro de 2024 e abril de 2025, em unidades curriculares no ensino superior, em disciplinas ou ateliers no ensino básico, no Estabelecimento Prisional Leiria (Jovens), em Organizações não Governamentais (ONGs), e em Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e associações culturais.

“Este evento não só valida o percurso formativo, como fortalece a ligação com a comunidade, criando um ambiente onde diferentes vozes e experiências se cruzam. Esse envolvimento amplia o impacto social da exposição, consolidando-a como um elo de coesão comunitária, onde a arte não é apenas apresentada, mas sim vivenciada e ressignificada coletivamente. Assim, o evento assume um papel mais profundo: não apenas celebrar os resultados alcançados, mas promover um sentido de pertencimento e continuidade cultural, estreitando laços entre os participantes e o território ao qual pertencem”, afirma Filipa Rodrigues, professora do Politécnico de Leiria e uma das curadoras da exposição.

Aos materiais expostos vão juntar-se, durante os próximos meses, outras peças realizadas através de atividades promovidas pelo Plano Nacional das Artes, no âmbito do desafio ‘Kit de mediação autónoma’, lançado pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria, considerando que a filosofia do projeto internacional ‘Cartografias Têxteis’ pressupõe a possibilidade de participações oriundas de grupos organizados de modo mais ou menos formal, de acordo com as opções dos participantes.

“O que é de salientar é a consistência deste projeto ao longo de cinco anos, sempre com mais e mais grupos a integrarem estas dinâmicas de partilha. A cada exposição, os grupos enviam por correio as peças que constituem a montagem da mostra em cada país e que é normalmente acompanhada por momentos de partilha de conhecimento, como programas de mobilidade Erasmus”, refere Filipa Rodrigues.

Precisamente no âmbito do programa Erasmus+, o Politécnico de Leiria receberá, durante o mês de maio, mais de 40 participantes ligados ao projeto "Cartografias Têxteis".

“Temos muitas universidades a apoiar esta disseminação e produção científica sobre Arte Participativa e Democracia Cultural, e foi também por isso que escolhemos este tema para iniciar o projeto de investigação inter-politécnicos PIAES, com uma duração prevista de dois anos. Neste primeiro ano, bem como no ano que se segue, os fundamentos foram os da horizontalidade no processo educativo e artístico: os participantes fazem parte de todo o processo de construção, bem como da mostra final dos resultados, desde a conceção das peças, opções curatoriais, expografia e mediação da exposição. É uma forma de construir uma comunidade de aprendizagem (formal ou informal) onde todos são considerados protagonistas”, conclui a professora.

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