Segundo o partido, "a realidade, nesta instituição de ensino superior, não difere do restante país: há cada vez mais estudantes a abandonar os estudos por as suas famílias terem dificuldades em pagar as propinas e todas as despesas inerentes a uma estadia fora de casa, nomeadamente, o alojamento".

Neste momento, de acordo com o Bloco de Esquerda, "a diferença entre estudar em Viseu ou Coimbra é praticamente residual (entre 60 euros/ 70 euros), havendo camas por 200 euros num quarto a dividir com outras pessoas, aos quais acrescem as despesas de água, luz, internet".

"O dinheiro não chega para fazer face às despesas mensais, pelo que os pedidos de ajuda são muitos, e o banco de alimentos e de roupa é o último recurso. Sem despesas extra, um(a) estudante em Viseu gasta cerca de 500 euros, um encargo demasiado elevado para a maioria das famílias. A construção de mais duas residências e a requalificação das duas já existentes ficam aquém do necessário", lê-se no comunicado.

Para além destas questões, "tanto a ESEV como a Escola Superior de Saúde deparam-se com o problema da falta de salas, obrigando, por exemplo, a terem aulas no antigo ginásio", realça o partido.

"O fraco tecido empresarial do concelho e os baixos salários, principalmente em início de carreira, levam muitos destes jovens qualificados a abandonar a região ou o país", lê-se no comunicado.

Como resposta para estes problemas, o Bloco de Esquerda propõe estágios remunerados, o fim das propinas e a redução do valor das propinas de mestrados e doutoramentos. A criação de residências públicas e a revisão do regulamento de bolsas, assim como a melhoria das condições nas escolas e maior financiamento público para investimento em ciência e investigação.

"É necessário rever o Estatuto do Estudante Internacional, revogar o Estatuto de Bolseiro de Investigação Científica e, de uma vez por todas, valorizar o Ensino Superior Politécnico", conclui o partido.