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ULS vai apresentar Grupo de Trabalho dos Fenómenos Climáticos Extremos

Redação Central Press/
26/06/2025, 12h41
/
5 min
Grupo de Trabalho dos Fenómenos Climáticos Extremos @ULS Médio Tejo
Grupo de Trabalho dos Fenómenos Climáticos Extremos @ULS Médio Tejo

Face à crescente frequência e intensidade dos fenómenos climáticos extremos, na Unidade Local de Saúde do Médio Tejo (ULS Médio Tejo), foi revogado o antigo “Plano Prévio de Intervenção às Ondas de Calor” e substituído pelo novo “Plano de Coordenação, Antecipação e Resposta no Apoio à População sujeita a Fenómenos Climáticos Extremos” (PCARAP-FCE). Este documento estratégico envolve, de forma sistematizada e integrada, os agentes de proteção civil, forças de segurança, autarquias, Segurança Social e sociedade civil.

O novo plano vai ser apresentado e assinado pelas entidades envolvidas amanhã, 27 de junho, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), em Tomar, de acordo com o comunicado enviado à Central Press.

Este projeto foi impulsionado em 2023 pela Unidade de Saúde Pública da ULS Médio Tejo, através de um desafio lançado ao Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo para repensar a abordagem das distintas entidades perante os fenómenos climáticos extremos, cada vez mais frequentes e intensos na região.

Esse foi o primeiro passo que levou à concretização do Plano de Coordenação, Antecipação e Resposta no Apoio à População a Fenómenos Climáticos Extremos, uma resposta integrada por parte de todas as estruturas da sociedade e da região, e um instrumento estratégico de proteção da saúde e do bem-estar da população mais vulnerável da região.

O plano envolve uma vasta articulação institucional, representando um exemplo robusto de cooperação entre entidades como a Proteção Civil, ULS Médio Tejo, ULS Leiria, Segurança Social, Câmaras Municipais, forças de segurança e outras entidades com dever de cooperação. É um esforço coordenado para antecipar riscos, reforçar a resiliência comunitária e proteger a população mais vulnerável aos riscos climáticos: idosos, crianças, portadores de doença crónica, doentes acamados ou dependentes, entre outros, como os trabalhadores de setores de atividades desenvolvidas ao ar livre.

Esta resposta incide sobre três eixos principais de atuação. Os dois primeiros têm caráter preventivo, através da requalificação energética das habitações das populações em maior risco, mitigando os efeitos do calor e do frio extremos; e da sensibilização e capacitação da população vulnerável e suas redes de apoio para melhor lidar com os riscos climáticos da região. O terceiro já envolve uma resposta proativa em saúde e ação social, com mecanismos de deslocação e apoio à população.

Cada entidade signatária deste plano tem responsabilidades bem definidas, assegurando uma resposta organizada e eficaz perante diferentes níveis de alerta. Desde a ativação do plano e a coordenação operacional (a cargo do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo), passando pela identificação e encaminhamento de pessoas vulneráveis pelas Unidades Locais de Saúde, ou Segurança Social e outros parceiros, até à disponibilização de abrigos e meios logísticos por parte dos municípios, todas as entidades vão passar a atuar de forma articulada.

O plano estabelece respostas específicas para diferentes patamares de risco climático (incluindo alertas verde, laranja e vermelho), com medidas ajustadas ao grau de vulnerabilidade das populações, assegurando, sempre que necessário, transporte, abrigo e apoio social e de saúde adequados.

“A articulação com a proteção civil, autarquias e forças de segurança e segurança social permite transformar conhecimento técnico em ação concreta no território. Esta capacidade de articulação é uma característica distintiva das Unidades de Saúde Pública, as quais são reais elos de ligação dos cuidados assistenciais à comunidade, refere Paulo dos Santos Luís, médico na Unidade de Saúde Pública do Médio Tejo e coordenador da Equipa Local de Resposta Sazonal em Saúde da ULS Médio Tejo.

“A saúde pública não pode esperar pela emergência para agir”, afirma Casimiro Ramos, presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo. “Este plano é o resultado de uma visão estratégica partilhada, que coloca a proteção das populações mais vulneráveis no centro da resposta às alterações climáticas, mitigando os seus efeitos na saúde da população”, explica o responsável.

“Este plano representa um marco na forma como organizamos a resposta a fenómenos climáticos extremos no apoio á população vulnerável. É um exercício real de proteção civil integrada, em que cada entidade sabe o que fazer, quando agir e com quem colaborar para proteger vidas”, remata David Lobato, comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo.

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