A candidatura submetida pela Infraestruturas de Portugal a Bruxelas no sentido de obter financiamento europeu para a linha de alta velocidade entre Lisboa e o Porto não foi aprovada.
A tranche que o país lhe viu ser negada representa um valor de 955 milhões de euros e era destinada a fazer avançar os pendentes projetos de efetivação da ferrovia de alta velocidade no país. Estes apoios serviriam para a primeira fase do projeto, focada nos troços Porto - Oiã e Oiã - Soure.
Concorreram a este financiamento 15 países, tendo o mesmo sido atribuído a projetos na Polónia, Grécia, Eslováquia e Chéquia.


Frederico Francisco, antigo secretário de Estado das Infra-estruturas socialista, afirmou, em declarações ao jornal Público, que “estes fundos têm de ser executados até 2030 e a Comissão Europeia pode ter perdido a confiança que nós sejamos capazes de o fazer”. Outros argumentos apontados para esta escolha prende-se com razões de natureza geopolítica, nomeadamente a questão da Ucrânica e a sua integração, ou de natureza técnica, como é o caso do desfasamento entre a bitola das linhas ibéricas e a bitola europeia.
A IP veio considerar que o insucesso da candidatura "não compromete a execução da Linha de Alta Velocidade", acrescentado ainda que a proposta de financiamento apresentada em janeiro foi "globalmente classificada como boa" pela Comissão Europeia, tendo alcançado 20 pontos de um total de 25 atribuíveis.
A IP diz ainda estar a avaliar, com o ministério das Infra-estruturas, "fontes alternativas de financiamento comunitário". Estas avaliação aponta para futuras candidaturas aos programas de financiamento através de nova atribuição de fundos previamente alocados, mas nunca executados.
De acordo com a Infra Estruturas de Portugal “este processo não compromete a execução da linha de alta velocidade.”