O último dia da 34ª edição da Feira do Vinho do Dão ficou marcado por uma recriação etnográfica inédita, que encheu de cor e autenticidade a Praça do Município e destacou a valorização das tradições e da identidade cultural da região.

O momento foi conduzido pelo Rancho Folclórico Rosas do Mondego de Vale de Madeiros, pelo Rancho Folclórico GDCR “Os Santarenses” e pelo Rancho Folclórico de Vilar Seco, que transportaram o público às origens da viticultura local. Entre cantares, danças e trajes típicos, os grupos relembraram costumes ancestrais associados às vindimas e ao ciclo do vinho.

O presidente da Câmara Municipal de Nelas, Joaquim Amaral, agradeceu de forma especial o contributo dos ranchos folclóricos, sublinhando o seu papel incansável na preservação das tradições, no fortalecimento da coesão social e na união da comunidade em torno das raízes locais. Destacou ainda que este trabalho projeta o património imaterial da região para as gerações futuras.

O Desfile das Vindimas foi o ponto alto da recriação, evocando a celebração comunitária que outrora marcava o início de uma nova colheita. A encenação incluiu a ancestral Pisa das Uvas, símbolo de união, festa e partilha, que continua a integrar a alma do Dão. Os visitantes foram convidados a participar, numa experiência envolvente que juntou diversão e emoção, reforçando a ligação entre comunidade e património imaterial.

Num ambiente de festa, partilha e comunhão cultural, usos, costumes e tarefas ligados à vinha e ao vinho ganharam vida, proporcionando uma verdadeira viagem ao passado. O momento, além de recordar raízes e tradições, celebrou o presente e projetou o futuro, reafirmando o Dão como terra de vinho, cultura e memória.