O Museu Vitorino Nemésio, nos Moinhos da Portela de Oliveira, em Penacova, acolhe no próximo dia 8 de novembro, a partir das 15h, o evento “Em Volta de Nemésio”, um percurso sonoro e performativo que culmina com o concerto “Sons em Nemésio”, interpretado por Luís Antero.
Inspirado nas crónicas que Vitorino Nemésio escreveu a partir das suas voltas entre a cidade, o campo e a serra, este projeto artístico convida o público a mergulhar num itinerário sensorial e poético, evocando o murmúrio dos moinhos da Portela de Oliveira - local onde o autor chegou a ser proprietário de três moinhos.
Um percurso artístico em diálogo com a memória
O espetáculo, com duração aproximada de duas horas, propõe uma experiência imersiva que combina performance, palavra e som, desafiando o espectador a redescobrir o território através do olhar e da escrita de Nemésio.
A criação artística é assinada por Carla Gomes, Carlos Campos, Gonçalo Barros e Luís Antero, contando com as interpretações de Ana Paula Santos, Carla Gomes, Carlos Campos, José Carlos Nelas, Maria Manuel Almeida e Rui Damasceno, bem como com a participação dos figurantes Helena Pereira, Joana Almeida e Liliana Sousa.
O concerto final, “Sons em Nemésio”, é protagonizado por Luís Antero, paisagista, documentarista e arquivista sonoro, que desde 2008 se dedica à recolha e documentação do património acústico de várias regiões do país, com base em gravações de campo.
Entre a literatura, o som e o território
“Em Volta de Nemésio” é uma produção da Associação Cultural e Artística Grande Coisa!, financiada pela Fundação Inatel e pela Câmara Municipal de Coimbra, e conta ainda com o apoio da Câmara Municipal de Penacova e da PenaParque.
O evento, que tem entrada a 7 euros e é destinado a maiores de seis anos, tem lotação limitada a 40 pessoas. As reservas podem ser efetuadas através do email acagrandecoisa@gmail.com.
Com o verso “Sou eu ao vento e à chuva / Sentado numa pedra de memória” como mote, o percurso pretende celebrar o legado literário e humano de Vitorino Nemésio, aproximando a sua palavra da paisagem que inspirou parte da sua escrita e oferecendo aos visitantes um diálogo íntimo entre a literatura, o som e a natureza.