Contando com apoio da DGArtes, Todos ao Monte e Fé em Deus resulta de uma co-produção entre as duas estruturas artísticas, o Seminário Maior de Coimbra, a Junta de Freguesia Fajão-Vidual, o Museu Monsenhor Nunes Pereira e os Municípios de Coimbra e Pampilhosa da Serra. O projeto inclui ainda a parceria dos Municípios de Arganil, Góis, Lousã e Miranda do Corvo.
O projeto, que arrancou com uma residência artística em Fajão em Setembro de 2024, contemplou a criação de um espetáculo de teatro e música, que irá circular pela região entre maio e julho 2025, bem como a edição de um fonograma com adaptação áudio do espetáculo.
O lançamento do fonograma terá lugar no âmbito da conferência de imprensa do projeto, no dia 6 de maio, pelas 21h30, no Seminário de Coimbra, evento que deverá contar com a presença de toda a equipa artística envolvida no projeto, bem como dos representantes de todas as entidades parceiras.
Na manhã e tarde desse mesmo dia, o projeto irá contar com uma ação de mediação e divulgação junto do público escolar, passando pelo Colégio São Teotónio e pelo Conservatório de Coimbra.
No dia 10 de Maio, pelas 17h00, será realizado um ensaio geral aberto ao público na ACR Ceira dos Vales, espaço de ensaios da Encerrado para Obras, onde as companhias têm vindo a trabalhar afincadamente desde Março 2025, com cinco dias de ensaios a tempo inteiro por semana.
A estreia do espetáculo está marcada para 17 de maio, no adro da Igreja de Fajão, pelas 21h30. Seguem-se apresentações em Dornelas do Zêzere (25 de Maio) , Pampilhosa da Serra (28 e 30 de Maio - escolas e público geral), Arganil (31 de maio), Côja (13 de Junho), Lousã (14 de Junho), Góis (22 de Junho), Coimbra (27 de Junho) e Miranda do Corvo (12 de Julho). Estão ainda a ser negociadas outras apresentações, sendo que a programação completa e atualizada pode ser consultada no site da Encerrado para Obras.
Sinopse da peça
O projeto Todos ao Monte e Fé em Deus tem por base a obra "Os Contos de Fajão", um conjunto de histórias ancestrais recolhidas pelo monsenhor Nunes Pereira. Caracterizadas por um humor mordaz e caricatural, roçando por vezes o absurdo, são histórias que contêm um profundo significado cultural, social e antropológico, o que as torna verdadeiramente intemporais e universais,Mesclando teatro e música, o espetáculo recria o ambiente peculiar desta aldeia perdida nas montanhas, apresentando-nos um mundo à parte, com seus próprios usos e costumes, onde o destino se encarrega de resolver todos os problemas, repondo a ordem natural da vida.O projeto perpetua a tradição oral do “Portugal profundo”, questionando as relações de poder entre o campo e a cidade, a sabedoria popular e o saber académico, a natureza e a máquina...
“Histórias são sementes levadas pelo vento. Há sempre um ouvido baldio que as acolhe e lhes dá poiso fértil para se espalharem por outros tantos. “
O espetáculo conta com encenação, direção dramatúrgica e música original (tocada integralmente ao vivo) de David Cruz. A cenografia, adereços e figurinos, bem como o design gráfico e fotografia estão a cargo de Cláudia Santos. O elenco é composto por Jaime Castelo-Branco, Helder Carvalho, Margarida Neto, Maria João Borges e Miguel Figueiredo.